segunda-feira, julho 17, 2006

quarta-feira, julho 12, 2006

Última Hora: Uma Editora aceitou publicar as Crónicas em Livro?!

Os criativos das Crónicas do Demencial, lançaram várias propostas ao mundo editorial e da tipografia. Como objectivo pretendemos lançar no mercado as crónicas que no último ano e meio foram frutificando. Mas apesar do envelhecimento dos nossos escritos num blog, que apesar de ridiculamente visitado, têm mostrado que tem valor. Apesar de relativamente ignorados, e de uma incursão na rádio, caminhamos em frente, invictos com a nossa jangada de dementes teorias, boatos e histórias (in)apropriadas.

A proposta lançada no centro sul do país, trouxe na rede uma feliz notícia que agora divulgamos: as crónicas vão ser publicadas (esperamos) pela Província Editora, com tipografia da Ecos da Várzea Tipografia Lda.

No entanto não iremos divulgar datas, ou número de livros a publicar, pois as negociações que decorrerem podem demorar até ao próximo Outono. Podemos avançar com uma proposta da Província Editora; segundo fontes dos próprios, existe o interesse de publicar, após o lançamento do primeiro volume, as Crónicas do Demencial em uma edição especial de coleccionador, formato de Bíblia e até, em papel bíblia. Os leitores mais assíduos poderão assim adquirir pelo Natal um exemplar ricamente encadernado em cabedal e com caracteres a dourado e mostrar a preciosa edição na Noite de Consoada. Uma vez que quase não abordamos assuntos que incluam sexo, drogas e morte, não vemos nenhum incómodo pois não irá contra a moral estabelecida.

O leitor pode depois, à sua inteira responsabilidade procurar adquirir um autógrafo dos autores e conhecer a melancólica vida de quem trabalha no duro para sentir o sorriso nos outros, mas que para sobreviver tem que trabalhar no duro, pois com estes texto nem uma peúga velha conseguiriam para matar a fome.

Podem perguntar… mas onde se encontra a “Provinciae Editora” e a Ecos da Várzea Tipografia?

Não vos iremos dizer. A única vaga para lançar um livro já se encontra tomada, e se vocês pensam que vão conseguir editar lá o vosso livro com piadolas à lá Fernando Rocha, Nilton ou António Sala, desenganem-se.

Podemos ainda avançar que a festa de lançamento, será realizada com uma queima de livros de piadas sem o mínimo interesse; iremos criar o nosso próprio dia para queimar livros sem piada de tempos a tempos, coisa que os Nazis também fizeram há quase 70 anos. Foram belas queimadas, dignas das fogueiras de S.João e S.Pedro. Durante a cerimónia haverá ainda uma formalidade ritualista com o lançamento de ovos podres a uma banda de garagem rasca de Bragança que começa pela primeira letra do Abecedário, que é no fundo uma mistura de genes entre o Tony Carreira, Zé Cabra e Delfins. Para animar essa cerimónia, vamos ainda tentar trazer os Cebola Mol e a Tonicha, que cantarão os seus “maiores e mais maiores ainda” êxitos.

Ainda não podemos confirmar o local. O espaço é o maior problema para quem começa uma aventura criativa deste âmbito, uma vez que não envolve o uso de fogo, e como tal, não iremos realizar absolutamente nada em caves.

O evento em si, até poderá ser bem mais importante do que o livro, pelo que um dia editaremos um dvd com o mesmo e uma receita para um excelente prato de bacalhau com natas…

Já revelamos muitos e pequenos pormenores; mas falta ainda um, os logotipos das digníssimas empresas, das quais não esperamos levar uma embaraçante tampa.

(11.07.06) Searaman & Blinkboy

quinta-feira, julho 06, 2006

quarta-feira, julho 05, 2006

Este é o partido de Todos Nós!

Nacional Porreirismo.

"Sempre que tiveres vontade de trabalhar...senta-te e espera que passe!"



(04.07.06) Searaman & Blinkboy

Ultima Hora: Tunning, usar fato de treino ao Domingo e bandeiras á janela vão pagar IRS

O Ministério das Finanças está a preparar psicologicamente os contribuintes para um embrulho de novos impostos que entrará imediatamente em vigor e terá efeitos inesperados nas declarações de IRS deste ano.

A direcção-geral de Contribuições e Impostos (DCGI) aponta o Tunning como uma fonte de receitas que tem sido desprezada pelo Estado e cuja tributação se pode revelar altamente proveitosa. Spoilers traseiros, modificação de carroçaria, adornos brilhantes, jantes de design duvidoso, escapes Remus e artimanhas não especificadas que aumentem 1500 cavalos de potência a um carro que só tem 75 à saída da fábrica passarão a pagar um imposto provisoriamente designado por Taxa Pintas.

A DGCI pretende também taxar outras actividades queridas aos portugueses como o fato de treino ao Domingo, a sardinhada à beira da curva da estrada nacional, a aspiração de automóveis com extensões eléctricas puxadas de quartos andares ou mais e a unha mindinha no dedo tão útil para coçar o PCP (Peida, colhões e picha), tirar cera dos ouvidos e palitar os dentes.

Uma outra situação surge agora com o súbito sucesso desta selecção nacional com o brilharete do Euro 2004 e do Mundial de 2006. Não mais assistiremos a palhaçadas várias, violência e prostitutas mas sim a um aumento das vitorias em campo e com isso a predisposição do português para vestir dos pés à cabeça e gastar dinheiro com toda a quintellharia alusiva a Portugal comprada na feira, comprar 50 bandeiras para as varandas e agirem como verdadeiros babuinos. Surge a grande oportunidade para a provisória Taxa Patriótica.

Até ontem não se sabia se o governo iria avançar para mais 3 impostos polémicos: uma taxa para quem saia à rua de chinelos nem que seja só para comprar o pão, outra para a violência doméstica e uma ultima para os pais que vistam irmãos gémeos de igual.

(04.06.06) Searaman & Blinkboy

Crónica do Demêncial: Um mal, duas visões - O Nacional Porreirismo (2ª parte) por Blinkboy

O Nacional Porreirismo.

Este é um mal, uma maneira de ser, um modo de vida, um modus operandus, um defeito, uma presunção e porque não, o partido de 99% dos portugueses.

Qual síndroma do Sebastianismo tão enraizado no povo português, o NP (Nacional Porreirismo) é aquele dom tão comum de “és um tipo porreiro, não faz mal se não fizeste o trabalho pois vais ter boa nota” ou então “és mesmo fixe, vou-te dar uma 2a oportunidade e não pagas mais por isso”. É a bela mentalidade do enrascado que, porque foi para os copos em vez de trabalhar terá que fazer tudo à ultima da hora e que na altura arranjará uma solução ou desculpa mais ou menos credível para os seus problemas.

E assim vai o país a trabalhar a 50% quando poderia ser mais e melhor. Mas nada disso! Para quê dar o litro a fazer o que me compete se o meu superior, chefe ou professor sabe que sou um tipo porreiro e ele também o é e tem uma esposa tão simpática? O choninhas do caixa d’ óculos que trabalhe que não precisa de vida social. E assim não passamos bem?

O país precisa desta ordem natural e as injustiças são lamentos de “invejosos” ou “incompetentes” que não são tipos porreiros e que só se preocupam com essas coisas de prazos e ordem de chegada nas filas de espera em vez de dar graxa e conseguir melhores resultados com uma perna às costas.

Mas atenção, pois o superior, o chefe qualificado, ou o professor que é “mestre”, que expõe pinturas no Centro Cultural local chamando-se Luiz, que até é anti-nacional porreirismo para justificar as suas decisões incontestáveis, têm ao seu lado os Alexandres da vida que no final do dia de trabalho ou das aulas vão para o cafézinho ou bar discutir coisas interessantes para o seu universo e “amanhã me entregarás qualquer coisa”.

Nacional Porreirismo: o Diapasão Nacional!

Esse sim, seria o partido político perfeito!

“Não prometemos nada! Eu e os meus colegas (que são uns tipos porreiros) logo arranjaremos qualquer coisa para safar o país durante o nosso mandato”. Nem que seja só adiar as consequências para depois o gajo que vier a seguir resolva as coisas...

(04.07.06) Blinkboy