sábado, julho 21, 2007

É Oficial: As Crónicas do Demencial em Livro.


Agora é que é! Preparem as vossas carteiras!

Nós, os criativos das Crónicas do Demencial, lançámos várias propostas ao mundo editorial para a edição do livro com o mesmo nome. Temos como objectivo lançar no mercado as crónicas que nos últimos anos foram frutificando e após o envelhecimento dos nossos escritos num blog, que apesar de ridiculamente visitado, tem mostrado que tem bastante valor. Apesar de certa forma ignorados, caminhamos em frente, invictos com a nossa jangada de dementes teorias, boatos e histórias (in) apropriadas.

A proposta lançada no centro sul e norte do país trouxe na rede uma feliz notícia, que agora divulgamos: as Crónicas vão ser publicadas pela CORPOS EDITORA – situada em Vila Nova de Gaia – provavelmente já em Setembro. E até podemos já avançar com uma proposta nossa para uma segunda edição: publicar as Crónicas do Demencial com uma edição especial de coleccionador, em formato de Bíblia e até, em papel bíblia. Os leitores mais assíduos poderão assim adquirir pelo Natal um exemplar ricamente encadernado em cabedal e mostrar a preciosa edição na Noite de Consoada. Uma vez que quase não abordamos assuntos que incluam sexo, drogas e morte; não vemos nenhum incómodo pois não irá contra a moral estabelecida.

O leitor poderá posteriormente, à sua inteira responsabilidade, procurar adquirir um autógrafo de ambos os autores e conhecer a melancólica vida de quem luta para sentir o sorriso nos outros, mas que para sobreviver tem que trabalhar no duro, pois com estes textos nem uma peúga velha conseguiriam arranjar para matar a fome.

Podem perguntar… mas como contactar com a Corpos Editora que tão estoicamente se chegou à frente? Não vos iremos dizer. A vaga para lançar o livro já se encontra tomada, e se vocês pensam que vão conseguir editar lá o vosso livro com piadolas à lá Fernando Rocha, Nilton ou António Sala, desenganem-se.

Podemos ainda avançar que na festa de lançamento, será realizada com uma queima de livros de piadas, sem o mínimo interesse; iremos criar o nosso próprio dia para queimar livros sem piada de tempos a tempos, coisa que também já fizeram há quase 70 anos. Foram belas queimadas, dignas das fogueiras de S.João e S.Pedro. Durante a cerimónia haverá ainda uma formalidade ritualista com o lançamento de ovos podres a uma banda de garagem rasca, que será no fundo uma mistura de genes entre o Tony Carreira, Zé Cabra e Delfins. Para animar essa cerimónia, vamos ainda tentar trazer os Cebola Mol, que cantarão os seus “maiores e mais maiores ainda” êxitos.

Ainda não podemos confirmar o local. O espaço, é o maior problema para quem começa uma aventura criativa deste âmbito, uma vez que não envolve o uso de fogo, e como tal, não iremos realizar absolutamente nada em caves.

O evento em si, até poderá ser bem mais importante do que o livro, pelo que um dia editaremos um DVD com o mesmo e uma receita para um excelente prato de massa com atum…

Como tal já revelamos muitos e pequenos pormenores; mas falta ainda dizer uma coisa: este será sem sombra de duvidas o livro da moda para a nova rentré e como tal não vai querer ficar de fora pois não?

(11.07.06) Searaman & Blinkboy

Crónica do Demencial : O Fabuloso Mundo dos Títulos das Telenovelas Portuguesas



Todo o Tempo do Mundo, Jardins Proibidos, Olhos d’água, Nunca Digas Adeus, Saber Amar, O Teu Olhar, Fala-me de Amor, Dei-te Quase Tudo, Ninguém como Tu, Tu e Eu.

São títulos de músicas portuguesas? São. Mas também títulos de telenovelas portuguesas. Nota-se aqui um certo padrão. Aquando da criação de uma nova novela e na necessidade da criação de um título para a mesma, os directores e produtores viram-se para a jukebox nacional e fica o assunto resolvido.

Rui Veloso, Paulo Gonzo, Santos e Pecadores, Delfins, João Pedro Pais, André Sardet e agora Tony Carreira, são exemplos de artistas utilizados.

Foi precisamente devido a este último que nos fez escrever esta crónica. Se até agora somente as infindáveis repetições das músicas dos genéricos nos punham os nervos em franja, a escolha de uma música de Tony Carreira abre a caixa de pandora para uma vasta escolha de títulos e genéricos para futuras novelas.

Como na guerra e no amor vale tudo, no caso das telenovelas portuguesas essa máxima também se aplica, e seguindo a lógica corrente e tão bem demonstrada aquando do Festival da Eurovisão de 2007, é tempo de apostar em mercados diferentes!

Como aqui nas Crónicas gostamos de ajudar, damos uns valiosos conselhos para o que poderão ser os próximos títulos e genéricos das telenovelas portuguesas. Ora atentem:

“O Bacalhau quer Alho” – Saúl
Back to the Country” – José Cid
“ Na Minha Cama com Ela” – Mónica Sintra
“ Por isso Sai…” – Ágata
“ Amor desliga a televisão” – Micaela
“Dei-lhe mais uma ” – José Malhoa
“ Como o macaco gosta de banana” – José Cid
E para terminar…
“Imigrante, tem Cuidado” de Graciano Saga.

Pois é! Realmente ainda existe um vasto potencial ainda por explorar pelos nossos canais televisivos nacionais. E uma coisa garantimos, mesmo as pessoas que não gostam de telenovelas começariam pelo menos a tolerar os seus genéricos com sorrisos rasgados estampados nas faces.

Searaman & Blinkboy (21.07.07)

Aqui ainda se Crónica



domingo, julho 08, 2007

Colaborações Demenciais – Andreia Seara: Os Comportamentos de Risco e os Trabalhos de Grupo

Uma boa parte dos jovens portugueses fuma tabaco, bebe bebidas alcoólicas socialmente, ou consome drogas (ou pelo menos já experimentou, ou diz que já experimentou!...). Muitos continuam a afirmar que tal acontece porque alguns dos adolescentes não tem acesso à informação sobre os perigos dos seus comportamentos. Nada mais errado!

O “caso” não se passa bem desta maneira! Só uma pessoa ingénua acredita nisto! A maioria generalizada dos jovens com comportamentos de risco está bem informada e ciente dos perigos que correm! E onde vão eles buscar tanto saber?
Na escola a mensagem é passada desde cedo. Os anúncios dos média passam aos olhos de todos. Entram na cabeça muitas reportagens sobre pessoas que caem na desgraça do álcool ou das drogas e documentários com imagens arrepiantes sobre as doenças provocadas pelo tabaco, onde aparecem pulmões transformados em carvão.

Apesar de todo este esforço os adolescentes continuam a ter comportamentos de risco. Praticamente todos os que fumam, bebem ou consomem drogas, fazem trabalhos na escola sobre os temas. E aqui está a grande resposta, ou pelo menos o modus operandus que possibilita a reincidência “controlada” da coisa ruim.

Hoje em dia, um grupo de alunos da mesma turma, amigos, e que fumem, são os primeiros a aceitar de imediato e de boa vontade a realização de um trabalho que inclua o tema do tabagismo. Muitos fazem-no porque estão mais á vontade com o tema, pudera! Outros porque querem saber mais sobre os “frutos proibidos da sociedade”. No entanto estes trabalhos não estão a contribuir para que os jovens deixem de fumar, beber ou tomar drogas. A maioria começa a diminuir o consumo porque passam a saber as consequências futuras dos seus actos, ou então quer deixar passar uma mensagem de responsabilidade! Existem também aqueles que através da informação se afundam ainda mais nestes problemas, ora ai está um bom comportamento para mais tarde num trabalho tirar 20 valores.

Vamos agora falar de um caso, uma rapariga que dá umas passas de vez em quando ás escondidas e fume um belo cubinho de haxe uma ou duas vezes por mês e desconheça outros tipos de droga passa a conhece-los e a saber (em teoria) como se consomem e os seus efeitos através dos trabalhos de grupo. Outra coisa muito importante que se pode aprender com os trabalhos de grupo e com as pesquisas na Internet, é sem dúvida aprender a cultivar canabis em casa, e porque não fazer cachimbos de madeira. Ora ai está! Porque é que isto não é abordado em educação tecnológica?

A maioria dos pais e professores pensam que por os jovens estarem a fazer um trabalho sobre álcool, drogas e tabaco, não os consomem, quando na verdade não é bem assim. Muito provavelmente já os consomem todos os dias ou de tempos a tempos. E estes trabalhos de grupo passam assim também por serem uma forma de iludir os adultos.

A informação é importante. E é um pau de dois bicos! A maioria dos jovens já está consciente dos perigos (mas estão-se nas tintas… O que é bom mesmo é experimentar muitas marcas de tabaco, álcool e drogas). Muitos (que por isso são considerados chóninhas) não experimentam já com medo de se viciar, e deixar de ter um futuro promissor à sua frente (que pode ser numa caixa de hipermercado). Existem também aqueles que já estão em união de facto com os vícios sociais, e apesar de saberem os riscos, ainda não querem sair. Querem continuar a “aproveitar” a vida, querem continuar a experimentar e a apanhar grandes mocas.

Está visto que com os trabalhos de grupo toda a gente tem uma janela de oportunidades para experimentar. Vivam as drogas, vivam os trabalhos de grupo.

Andreia Seara

Última Hora: As Opções do Recém-Licenciado.

Acaba mais um ano lectivo e com isso novas e fresquinhas fornadas de recém-licenciados cheios de ilusões e esperança invadem o mercado de trabalho em busca do seu El Dourado. Como tal, e como aqui nas Crónicas temos uma natureza samaritana, queremos ajudar os recém-licenciados que vão agora enfrentar o fabuloso mundo do trabalho.

Por isso, apresentamos as 5 escolhas possiveis que agora terão pela frente. E não nos agradeçam, pois estamos aqui para os ajudar.

AS 5 OPÇÕES PARA O RECÉM-LICENCIADO

1 - Desemprego;
2 - Técnico Superior a Recibos Verdes e subsequentemente o Desemprego;
3 - Técnico Superior como Técnico Profissional através de uma Empresa de Trabalho Temporário e subsequentemente o Desemprego;
4 - Cunha;
5 - Técnico Superior como Técnico Superior (só possivel com a 4ª hipótese) e subsequentemente o Desemprego a quando da mudança da cor política na chefia.

E aqui está. No final do curso, respirem fundo e pensem que são só mais umas gotas na torneira aberta do desemprego dos licenciados!

(08.07.07) Searaman & Blinkboy