segunda-feira, janeiro 26, 2009

Pastorais (a continuação...)



Tecnologia para todos

Homem que confunde
Sutiã com software
É porque passa a noite online
Em lugar que dormir com a mulher.

Quando a porca torce o rabo
Já se vê
É porque quer ver futebol
Em HD.

Mulher que oferece playsation
Em Janeiro
É porque te anda a enganar
Com o padeiro.

Com a fotografia digital
Tanto captamos a imensidão da vinha
Como toda a subtileza
Do cú da galinha.

Se o teu rebanho
Pula e sacode
É porque uma das ovelhas
Está a ouvir I-Pod

O GPS que anunciam na TV
Tanto mostra o caminho para a mercearia
Como o ponto g.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Não temos vergonha na P*** da Cara!!!

Dois sem vergonha como nós não deviam ter um blogue. É um insulto à inteligência. É um insulto aos leitores – se os houver ainda. A vontade sempre adiada procriou 2 meses de secura. Não é crise existêncial, tanto quanto sabemos é falta de tempo.

Desde Novembro que a consciência foi amordaçada, mas hoje, dois dias após a tomada de posse de Barack Obama (não existe nenhuma ligação, é uma elacção randonómica) vamos publicar uma nova gulosiea para entreter o Miguel, o Tareco e a Rebeca.

Pronto, cá vai disto; pode tanto fazer bem ou mal a estômagos subnutridos de Crónicas do Demencial.

Pastorais

Tecnologia para todos

Se o teu filho

Quer uma consola

Manda-o trabalhar nas obras

E vergar a mola.

Se o pai não alimenta o filho

Como é de lei

É porque ainda está a pagar

O leitor de blueray.

Homem que se gaba

De sair com muitas raparigas

É porque tem um sexo

De vinte gigas.

O Zé e o Miguel

Gostam da rede partilhada

Agora gostariam de ter a concexão

E esconder a revista emporcalhada.

Mulher que procura

Homem de pau rijo

É porque quer piça

E não quer marido.

Jovem não deixes ao acaso

Os teus dvd´s

Há quem queira saber

Como as tuas garotas perderam os três.

Se o teu primo do estrangeiro

Dá notícias pela banda larga

Deixa a tua família falar com o paneleiro

Para se falar no bairro de lata.

Hoje as finanças

Enviaram um e-mail

Mas não vais em cantigas

E escondes na offshore o papel.