segunda-feira, setembro 13, 2010

terça-feira, setembro 07, 2010

Crónica do Demencial: Finalmente, mais uma crónica!




Como estávamos de passagem, decidimos parar pelo blog e reparar que continua sem haver nada de novo. Pelos vistos as Crónicas não se escrevem sozinhas!


Passados estes meses todos sem actividade mental indiciante de um possível novo texto com um mínimo de qualidade para figurar no nosso decrépito blog, decidimos dissertar sobre um tema sobre o qual ainda não dissertámos (grande construção frásica, denotando imensa vontade de encher chouriços de modo a ocupar mais espaço de crónica, implicando menos texto a escrever, texto esse com algo de realmente interessante).


E que tema é esse então, pergunta o único e estóico leitor do nosso blog?


Não sabemos. E estamos com esperanças de que até sensivelmente a meio desta crónica algo possa surgir.


Nesta época do ano, sempre poderíamos escrever sobre as maravilhas das férias do Verão, cheias de sol, praias, passeios, amores de Verão, topless, putos parvos genéricos com cabelo à frente dos olhos e calças a cair pelo cú abaixo e pitas fáceis e disponíveis à espera que lhes enterrem o mastro, descanso, os 57 jogadores do Benfica que entraram e saíram nesta pré-época, sobre gajas, sobre o grave problema de micose no escroto que atacou um dos elementos do blog, dos incêndios que lavram o país e a Rússia, fazendo o preço do pão subir, da falta de disponibilidade de em uma porrada de anos ouvir o Primeiro-ministro sobre o envolvimento no Caso Freeport, do caso de cortarem o apoio escolar a quem tenha rendimentos a partir de 600€, sabendo que só os livros escolares custam uns 250€, do reforço com 4 queixos do Sporting e das constantes barbaridades proferidas pelo cotonete e pelo gajo dos 50 fatos ao xadrez, sobre gajas, sobre o desemprego, sobre o julgamento da Casa Pia (mais não por favor!), sobre o puto do Ronaldo feito numa noite de bebedeira, sobre os absurdos e milionários bónus dos gestores públicos, sobre a fabulosa ideia de acabar com os chumbos escolares num país de analfabetos, sobre a espectacular ideia de cortar quase todos os apoios sociais, sobre gajas, sobre o facto de sermos o penúltimo país da união europeia com menor índice de natalidade em 2009 comprovando que afinal as pitas dos 13 aos 17 já descobriram que o método contraceptivo é mesmo com a boca, sobre a troca de rainhas das tardes das Tv’s dos velhos e donas de casa feias e gordas para as estações concorrentes, sobre o filmalhão que foi o “Inception” e o filmalhão de merda que foi o “A-Team”, sobre qual foi o melhor festival de Verão ou até de um possível kit de sobrevivência e uma lista de conselhos para poder assistir a um festival, sobre gajas ou a ausência de variedade na vida dos bloggers, ou até sobre a guerra de palavras para dizer mal e dizer bem da agremiação corrupta entre o Villas Boas e o Mourinho, ou até sobre o Roberto.


Mas não. Não vamos falar sobre este tema.


Desta vez vamos falar sobre nada. Obrigado.


Com esta bela crónica, ficamos cada vez mais perto do objectivo ao qual nos propusemos no inicio do ano. Já só temos que nos preocupar com qual de nós colocará a foto trajes menores. E para isso ainda temos meio ano.


PS: isto quer dizer Post-scriptum

sexta-feira, abril 09, 2010

4 ANUS E MEIO DE CRÓNICAS: COMATOSE EDITORIAL



Os autores dissertam sobre aquilo que sempre acharam na realidade sobre a criação do blog – não tem futuro.

1 Ânu de Crónicas: Autocrítica e auto estima


“(…) enquanto formos capazes de manter isto como uma alegre campanha ou uma tertúlia ondulante, vamos manter o privilégio que é servir-vos com as nossas crónicas.”


- 2 Ânus de Crónicas: Consagração ou Ilusão?

“(…) novos desafios surgem perante nós e que apesar de lutarmos com o desemprego, a falta de tempo e algumas vezes contra (des)inspiração, uma coisa garantimos, estaremos aqui para celebrar o 3° ano de Crónicas.”

- 3 Ânus de Crónicas: ……….nicles!

Resultado: não confiem nos autores deste blog.


Volvidos 4 anos e meio do nascimento do nosso blog, e apesar da sua pontual reprodução em outros meios, a verdade é só uma: isto não vai a lado nenhum! É por isso que já está em preparação a segunda edição do livro homónimo de grande sucesso nos cestos de reciclagem!

Falando somente em termos de blog, este último ano foi parco em rasgos criativos, sendo para isso muito responsável a fuga para o estrangeiro do Searaman devido às acusações de zoofilia e no caso do Blinkboy…pura e simplesmente nunca escreveu nada de jeito.

Por isso, e para não defraudar o pessoal, aqui deixamos dois objectivos realistas para o ano de 2010: FAZER 5 CRÓNICAS (já vamos em 2), e COLOCAR UMA FOTO DE UM DOS BLOGGERS EM TRONCO NÚ!

Oito Séculos de Tunning – O Síndrome das Capelas Imperfeitas – por Searaman



Oito séculos de operações estéticas nas igrejas de Portugal.



1.

Escrevo uma memória. Fui visitar uma igreja na minha cidade. O templo é classificado como monumento nacional, mas não sabia que a classificação incluía uma autorização para colocar vitrais do século XXI, nas janelas do século XV. Desconhecia o facto, e fui surpreendido pelas declarações de um trabalhador cultural; ao fim de seis séculos a catedral recebe uns vitrais contemporâneos; quiçá a reprodução de um modelo da IKEA para as igrejas do mundo católico.


No nosso país quando se preserva um monumento, reconstrói-se e deixa-se sempre uma impressão digital. É a projecção dos egos, que procuram a vertigem do azul - uma notoriedade catedrática que termina muitas vezes no desfraldar de uma placa votiva, placas de natureza trivial, ou nos casos mais obscenos, fazem a apologia do autarca da terra.


E assim, alguém mais tarde vai recordar no século XXII os casos dos vitrais (quando o telhado do templo for em carbono e o chão sintético aquecer automaticamente), e da placa comemorativa do presidente da câmara em bronze. A posteridade encarregar-se-á de continuar o tunning nos monumentos. Está nos genes, é impossível retirar este gene mau da medula óssea. Não dá!!!


Um adereço que falta acrescentar neste fenómeno tunning, é o cheiro de cadáver em decomposição. Que saudades dos enterros nas igrejas! O odor entra por osmose nas pessoas e faz-lhes pensar nos grandes desígnios do cristianismo, a morte e ressurreição. Certamente que agora se evapora mais facilmente o Chanel nº 5 das senhoras ou a colónia mais tóxica “que não é para rapazes”, do que o cheiro da morte. Morte e ordem ordenam os coros da igreja.


2.

Séculos de aplicação de rendas e “naperons” em fachadas transformaram os templos católicos de Portugal em memórias frias de avós tementes a deus viciadas em doces conventuais. E cada renda e “naperon” têm um nome específico. Por exemplo estamos a falar de nomenclaturas como bizantino, visigótico, moçárabe, românico, gótico, renascentista, maneirista, barroco, neoclássico e contemporâneo e que são aplicados nas construções religiosas, estamos a referirmo-nos a estilos que apesar de se tocarem de leve, sustentam o toque de seda que os caracteriza. Mas não em Portugal, por cá reina um ecletismo ímpar, reconstruímos uma base de uma escadaria ou de um capitel com argamassa da CIMPOR. Mas ninguém se parece incomodar com isso. Basta visitar dois dos nossos maiores monumentos, o Mosteiro dos Jerónimos e o Mosteiro da Batalha para observar a sobreposição de camadas, vontades de gentes de um tempo passado. A arquitectura religiosa nacional vive a síndrome das capelas imperfeitas. Fica tudo incompleto e imóvel no tempo ou então como as obras se prolongam consoante o esmoler os estilos sucedem-se em catadupa. Este fenómeno de obra colectiva tem um senão, as camadas passadas são adulteradas e perdidas com a certeza de que o presente é melhor. Mas vai parecer sempre um pensador no futuro que mostra os melindres do passado. Julgo que a arte ainda não foi bem interiorizada, os portugueses ficam pela rama e desvalorizam os monumentos. Todos têm um valor que ultrapassa o estético. A sua funcionalidade suscita-me algumas considerações…


Será que todos aqueles floreados barrocos se destinavam a melhorar a aerodinâmica das igrejas? Se aqueles blocos de pedras sobrepostas estão quietos como um morto para que serviam todas aquelas velas? Cenário de ópera ou teatro? Chafariz gigante para aproveitar os efeitos da água da chuva? Desejo de libertação do sujeito artístico?


3.

Portugal, oito séculos de existência, ou serão nove séculos de existência? Se os historiadores não conseguem dizer onde é que foi posto no mundo Afonso Henriques, quantos anos viveu Luís Vaz de Camões, ou se Maria de Lurdes Pintassilgo era social democrata ou de esquerda? Então como é que ficamos!?


O tunning, hobby popularmente conhecido dos adeptos das transformações de automóveis de modo a tirar maior partido do design, melhorar o rendimento (dizem eles, está claro) e aumentar o estatuto social vive dias amargos em Portugal. Mas existe um outro tunning com um passado fantástico que não merece o desprezo de almas pobres; o tunning da memória nacional. As forças de lei estão autorizadas a punir os infractores do tunning automóvel mas não do tunning da memória nacional, porque é um fenómeno acarinhado. O estado que manda punir, mas autoriza a venda de produtos de tunning, exibe um comportamento desviante; mas não de todo, se atendermos que os membros da partidocracia que nos governa andam em carros que não precisam de alterações. Já trazem todos os kits possíveis e imaginários de origem. Os solitários que se dedicam a aplicar escapes Remus e amortecedores Koni, saias, ailerons e luzes com olhos de insectos florescentes andam a fomentar a máquina fiscal e a repressão do farol punitivo das polícias.


Mas o tunning dos monumentos, como foi visto nesta crónica é para continuar, pois deixemos os engenheiros riscar e os empreiteiros construir e reconstruir o nosso património como crianças a brincar com legos.

terça-feira, novembro 24, 2009

Educação do Cagalhão...



Sejam bem vindos à primeira Crónica do Demencial depois da última. A partir daqui tentaremos fazer uma crónica pelo menos a cada 4 meses. É bom saber que ainda nos importamos…

Bem, o tema sorteado da fabulosa (e muito poeirenta) tômbola de temas das Crónicas do Demencial é a Educação. Um tema muito sério, e como tal vai ser tratado com a seriedade que lhe assiste.

O estado actual da educação vê-se pelo seguinte: antigamente (no tempo dos antigos, no século passado) quando um pai era chamado à escola por o filho ter mandado um peido e ter levado umas reguadas de madeira nas mãos, ainda levava na cara e o pai até agradecia à professora por dar educação ao filho (eu levei muitas e aqui estou eu).

Hoje em dia, os encarregados de educação mostram interesse e iniciativa ao irem à escola após o filho ter sido repreendido por desrespeito aos docentes, e ao chegar à escola, é o professor a levar na cara!

A educação actual tem quatro faces: O Ministério, Os Professores, Os Pais, e os Alunos.

À uns anos atrás, houve uma insurgência relativamente a uma geração de adolescentes que de diferentes, foi no aproveitar da sua “recém” adquirida liberdade para usar camisas de flanela aos quadrados, calças rotas e ouvir musica dos Metallica, Nirvana ou Gun’s & Roses e de experimentarem inocentemente o que de novo o mundo lhes proporcionava.

Do quadro negro pintado na altura, só existe a memória da repreensão na mente de quem a sofreu e os “rotulados” de geração rasca são agora a força laboral do país, tendo muitos deles cargos importantes, vidas de sucesso e até filhos.

O que nos leva à geração actual.

Não sei se repararam, mas de certa forma, a série/novela adolescente da TVI “Morangos com Açúcar” foi a revolução dos cravos para a presente geração.

Álcool, sexo, violência, crises, moda, posses, e dramas são alguns dos pratos fortes do dia-a-dia desta nova fornada de jovens portugueses.

Como tal, e com a crescente “liberalização” de costumes, surge a “Geração Morangos”. Jovens que influenciados pela série do mesmo nome, adoptam as modas e comportamentos, adoptando essa “realidade” como sua.

Oito anos depois do surgimento da série, o resultado está à vista. O novo adolescente-tipo “pré-fabricado”.

Com um estilo igual para todos, o adolescente é “independente” da vontade dos pais, bebe, tem relações, entra em brigas, vive dramas e ostenta posses de tudo o que é gadget actual desde os 6 anos de idade. O respeito e trabalho são meras palavras no dicionário, trocadas em detrimento da nova língua Portuguesa pós-sms.

Os casos de problemas com estes adolescentes são inúmeros e bem vivos na memória colectiva.

Problemas nas escolas, cafés, bares, discotecas e nas ruas estão documentados. Com o passar do tempo, também a promiscuidade aumenta em proporção (entrando neste campo daria uma crónica inteira).

A ajudar à festa vêm os novos costumes na sociedade actual, super-protectora para quem de si já é difícil de controlar e de incutir regras.

Se um professor agir contra um aluno (que por acaso o desrespeita, desautoriza e por vezes agride à frente dos colegas), é o professor o alvo de repudia e até alvo de processos internos. Boa onda.

A não ser que seja filmado e vá parar os olhos do grande público...

Na geração Morangos, os pais também têm um papel importante: o de figurantes de cartão.

Na ânsia de não terem que lidar com os filhos, desde cedo que os habituam a receber “presentes” só para poderem olhar para o lado, incutindo-lhes uma total desresponsabilização e o saber de gerações que diziam “se pedir, eles dão logo”. Como tal, é esta a sua preparação para os desafios vindouros da vida, como a responsabilização pelos actos e o ingresso no mercado de trabalho.

Nisto entra o Ministério da Educação a policiar e condicionar os professores que à partida já estão no meio de uma "zona de guerra" armados apenas com uma colher.

Pessoalmente concordo com os professores num ponto: a avaliação deveria ser alterada. E devia ser alterada de modo a que o novo modelo de avaliação contemplasse o número de murros nos dentes, empurrões, insultos, desrespeitos, aulas dadas em silêncio e em que agentes exteriores alheios ao ensino condicionam o seu trabalho.

Poderia ter ainda a inovação da participação dos encarregados de educação na avaliação dos professores através de vários graus de satisfação que iriam desde "Palhaço" a "Filho da Puta".

Daí a minha solidariedade para com as manifestações dos professores. Se bem que à primeira vista pensei que tais manifestações fossem pelos constantes aumentos do preço dos combustíveis, dos bens essenciais, das taxas de juros, dos fechos dos centros de saúde, da inflação, dos aumentos inexistentes dos salários e perda de poder de compra ou até que o Benfica tivesse ganho o campeonato, mas não. E acho muito bem.

O país adora conversar sobre professores, mas nunca fala sobre educação.

Portugal ainda não arranjou coragem para lidar com este facto: os alunos acabam o secundário sem saber escrever.

Eu também vou fazer uma marcha indignada. Vou descer a avenida com a seguinte tarja: "Os alunos portugueses conseguem tirar cursos superiores sem saber escrever". A coisa mais básica – que é saber escrever – deixou de ser relevante na escola portuguesa.

De quem é a culpa? Dos professores? Certo. Do Ministério? Certo. Mas os principais culpados são os próprios pais. Mães e pais vivem obcecados com o culto decadente da psicologia infantil.

Não se pode repreender o "menino" pois isso é excesso de autoridade, diz o Psicólogo. Portanto o petiz pode ser mal-educado para o professor.

Não se pode dizer que o "menino" escreve mal pois isso pode afectar a sua auto estima. Ou seja, o rapazola pode ser burro, desde que seja feliz.

O professor não pode marcar trabalhos de casa porque o "menino" deve ter tempo para brincar. Genial: o "menino" pode ser preguiçoso desde que jogue na consola.

Ora, este tal "menino" não passa de um monstrengo mimado que não respeita professores e colegas pois não conhece tal conceito.

Mais: este monstrengo nunca reconhece os seus próprios erros. Neste mundo Peter Pan os erros não existem e as coisas até mudam de nome. O "menino" não escreve mal; o "menino" faz, isso sim, escrita criativa. O "menino" não sabe escrever recessão mas é um Eça em potência.

Se querem culpar alguém pelo estado da educação, os pais que se olhem ao espelho.

Entretanto um novo elemento surgiu que sozinho faria uma nova crónica: O Novo Acordo Ortográfico. Concordo com o acordo.

Assim os "meninos" já estão ensinados.

Para finalizar deixo uma reflexão:

Em Portugal, o poder de compra caiu de tal modo que a classe média, sentindo na pele, já é classe baixa.

No seu estilo inconfundível, o Bloco de Esquerda atacou o Governo com o seguinte argumento:
- Temos a situação tão degradada com os valores éticos, sociais e morais a ser postos quotidianamente em causa por este Governo, que até universitárias estão a começar a prostituir-se.·

A resposta de Sócrates não se fez esperar:
- Em primeiro lugar, este Governo não recebe lições de ética, nem quaisquer outras, de ninguém; em segundo lugar e como é apanágio de V. Ex.ª que já nos habituou à distorção sistemática da realidade, o que acontece é exactamente o oposto: a situação é tão boa que até as prostitutas já são universitárias.

Um grande bem-haja e até um dia destes!

quinta-feira, novembro 12, 2009

Já havia Lucky Strike na Idade Média!?


Não sei o que fizeste para seres tema nas Crónicas do Demencial (agora num formato minimal e comatoso) acho que tentas-te ser uma celebridade. Sobre ti, sei o que apenas sabe um mero observador, nada de mais, é só mais um humano a cambalear; não entrei no teu dédalo pessoal, embora pelos indícios não mostravas saúde. Faltava brilho, uma espontânea alegria, invés disso, o único brilho vinha do cigarro, e dos olhos mortiços. Decidi extratir-te da gaveta das recordações como quem recorda uma certidão incómoda como aquelas que são emitidas nas escutas judiciais. Reabrimos o inquérito sobre um corpo estranho que fumava um cigarro durante uma feira medieval, de corpo cambalente e com aspecto de ter sido atropelado por um camião. Sei que não podes esclarecer o que te sucedeu, não és nenhum criminoso. És uma nódoa negra no cliché das feiras medievais. Uma semana de celebrações entusiastas sobre a idade dos cavaleiros e das donzelas é afinal acompanhada de muita falta de higiene pessoal, noitadas, e consumo excessivo de substâncias psicotrópicas.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Jorge Jesus - Napoleão Bonaparte




Não é só o Record que faz capa mirabolantes com Jorge Jesus! Alguém se consegue recordar do episódio do Exterminador Implacável? Também quisemos dar o ar da nossa graça e ser criativos. Á excepção de um pequeno erro, que se encontra no estúdio para correcção decidimos avançar com esta charge; é assim que vemos Jorge Jesus.
Fazemo-lo de imediato, jactosamente, pois nunca se sabe bem quanto terminam os limites de campanha tão gloriosa. Aos mais distraídos, deixamos o modelo que serviu para mostrar as virtudes de Jorge Jesus no campo; um treinador exigente, honesto e dedicado à causa benfiquista. Trocando por miúdos, à causa do campeonato.
Espero que gostem do Jesusnapo.

sexta-feira, julho 03, 2009

Do Bairro do Lagarteiro ao Circuito da Boavista

Do Bairro do Lagarteiro ao Circuito da Boavista

O outro lado da vida de Luís A. Milton

O piloto portuense de WTCC é hoje um homem rico, mas nem sempre foi assim…

Uma pessoa de bem percorre um longo caminho, muitas vezes não existem referências de onde veio. Uma pessoa de bem nem sempre nasce como tal. Nos dias de hoje uma pessoa de bem não se rotula facilmente. Os pergaminhos do avô que veio para o Porto com um par de socos e um presunto nos costados caem no mítico ou patético.

As origens são mais prosaicas actualmente, não é difícil detectar no universo da emigração, do têxtil, do futebol e do karting campeões do presente e certezas do amanhã. É uma vida dura, sempre a fazer e desfazer as malas; jogar ou correr; frequentar descontraídos eventos sociais; e coleccionar namoradas fugazes.

No princípio é preciso vencer grandes dificuldades como lutar pelo mesmo edredão.

É o outro lado. Agora no lado iluminado da vida passa-se a noite no jacuzzi com a namorada. Jacuzzi enorme, borbulhando elogios, apascentando o dia de amanhã.

No Bairro do Lagarteiro costumava ficar com os amigos no pelado jogando futebol; babando o ego refodido na pintura metalizada dos automóveis dos mais velhos. Quebrava-se a modorra quando a junta de Freguesia de Campanhã juntava a maralha dos bairros, todos com subsídio escolar e más notas, ou mesmo nenhumas, para lhes oferecer uns dias de férias num parque de campismo junto à praia de Árvore. E foi aí, que junto de uma velha caravana Bedford que lhe apareceu a redenção. No atrelado do veículo havia um Kart. E deve-se ao Kart o facto de hoje ser embaixador no Sheraton, Hilton e Ritz. Hóteis de 5 estrelas, luxuosos e impessoais, que são tratados com insinuação de um habitáculo familiar, como aquele palacete que tem na Foz. Ao lado do ninho do campeão, existem sempre uns aposentos para alguns familiares ou para receber amigos da família. – “É para jogar playstation, para estar com a família…” Retorque deleitado; preferindo manter as coisas calmas, privadas. Aliás o mais parecido com o ambiente caseiro, mas onde falta a comida caseira: francesinhas, tripas à moda do Porto, rojões à Minhota, cozido à Portuguesa, bacalhau à Braga são os seus pratos favoritos. Da comida estrangeira gosta apenas da Italiana, excepto pizza; há noite prefere um bom bife com molho inglês.

A mesa de mistura e o sintetizador fazem parte do real quotidiano desta pessoa bem. Depois de algumas duras jornadas de trabalho remistura com o Virtual Dj as músicas de DJ`s famosos, alguns seus amigos de férias em Ibiza ou das Caraíbas.

Apesar de pessoa de bem, continua a dizer que gosta de andar na estrada. – “Adoro viajar. Gosto de ir a sítios diferentes, ver coisas espectaculares e conhecer gente nova. É importante apreciar estas coisas, pois estamos sempre em viagem; correr no WTCC é a minha vida.” Recorda e Prossegue. –“ No ano passado disputei a primeira corrida nocturna de sempre da WTCC. Como a corrida se realizou de noite, tivemos de manter os quartos escuros, tomar o pequeno-almoço à hora do almoço e ter a certeza de que as empregadas de limpeza não nos acordavam durante as manhãs, quando ainda estávamos a dormir. Tudo correu pelo melhor. Foi um fim-de-semana louco. Vi filmes até às quatro da madrugada com o Tiago Monteiro.

O piloto pode tratar os quartos de hotel como se fossem o seu apartamento, mas de cinco em cinco dias tem que fazer as malas e partir para outro sítio. Esta semana corre no Monáco, mas dentro de um mês – mais dia menos dia – vai correr no Grande Prémio WTCC no Circuito da Boavista. Segundo o piloto – “O Mónaco e a Boavista são provavelmente, os meus dois grandes prémios favoritos. Estou em casa, por isso sei que vou ter um enorme apoio. Há mais apoio dos nossos fãs do que se pode imaginar; o meu relações públicas disse-me que todas as colectividades desportivas e recreativas de Campanha, Valbom e Rio Tinto quotizaram-se e pediram apoios para ver a minha corrida na Boavista.”

O nosso piloto garante ainda que está profundamente reconhecido por Rui Rio, presidente da Câmara do Porto ter trazido para a cidade do Porto o WTCC e as 500 milhas da Boavista em Kart. Só que desta vez o velho Kart não foi convidado.

terça-feira, maio 19, 2009

E o nosso mundo ficou mais alegre!....


É a noticia do ano!!!

É Oficial: Os Blink 182 estão juntos de novo!!! A alegria, a alegria!!

Albúm para o Verão de 2009....