terça-feira, junho 27, 2006

Ultima Hora: Para: Jorginho, Pedrinho, Pintinho e Miguelito...

Para: Jorge Gabriel, Pedro Vasconcelos, Pinto da Costa e Miguel Sousa Tavares

Não sei se repararam...PORTUGAL CONTINUA A GANHAR!!!!

(07.06.06) Sman & Blinkboy

Ultima Hora: Ontem fiz anos! e não anús!

É verdade! No dia de ontem foi o meu aniversário! Que giro que foi! Uba uba! Um bolito e tal, uma queca, uma segunda oportunidade, outra queca...e lá se foi o dinheiro das prendas!

Finalmente atingi a maioridade!! As meninas já podem abusar de mim sem riscos judiciais!

E para quem disser que já sou maior de idade à uns anos...huummm...huumm...é pá...pois...depende dos gostos.

Ps: É muita porreiro o símbolo do meu signo.

(27.06.06) Blinkboy

sexta-feira, junho 16, 2006

ERRATA

ERRATA (Prelúdio)

E - R - R - A - T - A
A-T-A-R-R-E
R - E -T - A
E
A-R-R-E -A
T
R - A - T - A
A - R - R - E
E - R - R - A - T - A

Comunicado

Depois de mais um grande momento de lirísmo, os redactores das Crónicas, inspirados pela grande e nunca esquecida palavra "Errata", comunicam que a partir de agora, toda e qualquer comunicação que tinha por título "Grande Reportagem" se passará a escrever "Crónica do Demencial". Este acerto, serve para nos colocar no fuso criativo, daquilo que escrevemos.

Para ser verdadeiro, apenas criamos uma ou duas reportagens, e já não fazia qualquer sentido, a manutenção desse toponímia hermética. Pedimos as nossas desculpas a todos os nossos leitores, se é que a palavra leitor se lhes enquadra, e pedimos, se não for muito complicado que comentem as nossas escrituras.

Por último prometemos não terminar este blog, quando aparecerem 100 pessoas no prefil.

Sem mais de momento

Continuem a comer com os olhos a gajas das revistas masculinas e a masturbação penal.

Os Redactores Blinkboy e Sman

Crónica Do Demencial: "Quanto é que está?!"

O edifício mais central de uma vila ou aldeia em Portugal, é o café.

Se pensaram que era a junta de freguesia, é sinal de que não percebem de arquitectura popular portuguesa. A junta de freguesia, ou está num edifício pobre de velho, numa decrepitude espiralada de vermes, ou instalada num edifício aparentado com um armazém. Mas não é sobre arquitectura que iremos incidir esta crónica. É sobre o café; construção que se destaca das demais por ser um enorme paralelepípedo de cimento, que na parte inferior, vulgo “a loja” do antigamente, possui o chamado café. Mas sobre este local, falta ainda chegar ao objecto que propicia a pergunta mais comum que se realiza num café. O televisor com ecrã de plasma, ligado à parabólica, aos canais generalistas ou estatais, ao cabo; no qual se encontra o produto que consome 85% da programação, a Sport Tv.

Às tardes, e durante as noites, sendo umas mais ou menos “europeias”; com programas dedicados à avaliação de lances polémicos, uma ou outra avaliação que não incide sobre a proveniência da relva, sem esquecer o mal ruim que grassa na arbitragem e o caso do apito dourado, que aos poucos vai perdendo a sua dourada coloração e assume uma matiz de latão gasto, que sagazmente vai desinteressando as sumidades judiciais, perdendo-se nos corredores dominados pelos caudilhos do “Norte Atlântico” qual “Quinhentinhos” ou “Caso Calheiros”.

O televisor de plasma, é um espelho de água, das águas turvas e profundas do futebol, mas essa bola de cristal não explora só a monocultura do futebol. A Sport Tv, consegue ser mais diversificada, mas não tendo a fórmula um, ou a volta a Portugal em bicicleta. Outras modalidades aparecem no canal. Mas urge fazer uma questão, que para além de polémica, irá nos levar à monocultura que seca tudo à sua volta: o futebol.

Um jogo de hóquei, mesmo que disputado entre os grandes da modalidade, não interessa totalmente ao público do café, o mesmo se pode dizer sobre um jogo de basquete, ou andebol, as competições aquáticas, como o pólo aquático e o atletismo e a ginástica.

A excepção seja feita para os desportos com motores, que para uma minoria, actua como um sangue regenerador, ver máquinas vorazes em gritos metálicos no fim-de-semana equivale em ir à hemodiálise. Não é possível viver sem velocidade, é um requisito que nos é pedido a toda a hora. Existem ainda os desportos de salão, destes o bilhar, snooker, ou pool, são como pequenas drogas que aparecem esporadicamente, que também deixa pregados no televisor, durante algum tempo os clientes, mas é preciso lembrar aí desse lado, que são desportos de elite, que até exigem níveis de concentração para quem vê. Não são radicalmente populares, mas também tem bolas…

O segredo é ferro e borracha, os mesmos materiais que formam um automóvel. Se fossemos químicos poderíamos dizer que estes são os componentes básicos para se ter audiência num canal televisivo. Um automóvel, por muitos portugueses é tratado como uma bola de futebol. Sem ferro e borracha, com testosterona a servir de estanho, para fazer a ligação, nada feito. Um televisor que não apresente com primor uma boa dose de sangue, aço e nervo, é ignorado, considerado lixo de segunda categoria que nem vale a pena recolher.

Para o público que passa os dias de sol e chuva na entranha do café, apenas desportos com resultados concretos, nos quais entra o futebol, merecem ser adulados. Imaginemos que aparece algum estranho no local, e depara com o televisor a transmitir uma partida de patinagem artística; essa pessoa está impossibilitada de socializar, com a habitual pergunta –“Quanto é que está?!”

Um resultado concreto tem respostas concretas, e o futebol, é um deles, senão o único, se avaliarmos a quantidade de golos que é marcada. Por exemplo, já um jogo de basquete, ou hóquei, atinge muitas vezes resultados, que dificilmente são entendidos e apreciados pelo frequentador de cafés! E no caso do basquete, a sequência de play-offs, e eliminatórias é tão indescritível que o mais certo é mudar para outro canal que mostre coisas concretas como a luta livre ou o boxe.

Mas a programação da sport tv, e do segundo canal aos fins-de-semana, não transmite apenas futebol; dá-lhe relevo sobremaneira, mas outras modalidades também têm o seu quinhão. Devido a esse factor plural encontramos nos cafés e bares o seu televisor de plasma qual bombardeiro desportivo, ignorado. Por ventura, a pessoa mais atenta é sempre o “homem do balcão”, faz parte da estratégia, pois a qualquer momento, um novo cliente pode aparecer e perguntar, quanto é que está aquele jogo de boccia! E o “homem do balcão”, não pode, seja como for perder um cliente.

Moral da crónica, não existisse o futebol, o rugby seria o desporto número um, logo Brasil, numa seria uma potência dessa modalidade, e Portugal até já poderia ter ganho títulos regionais e mundiais, ou então encerramos esta crónica com a segunda parte da crónica, não existiriam tantos café e bares e o jogo da malha (o críquete dos latinos) seria um desporto popular com transmissão aos domingos à tarde, entre o andebol e as corridas de fundo!

(14.06.06) Searaman & Blinkboy