sábado, dezembro 09, 2006

Crónica do Demencial: Programas de Intercâmbio Jovem.

Toda a gente já ouviu falar dos programas de intercâmbio estudantil Erasmus e Leonardo Da Vinci.

Para a maior parte das pessoas trata-se de um intercâmbio cultural de estudantes do ensino superior, onde a troca de experiências de ensino numa cultura diferente da de origem enriquece o currículo pessoal e enaltece os valores humanistas e a amizade entre as diferentes nações, para além de proporcionar uma diferente experiência de vida no contexto europeu actual.

Mas para quem frequenta esses programas de intercâmbio, a motivação é bem mais simples: dar o maior número de quecas possível.

Quem está nesse meio, saberá que uma das maiores vantagens de estudar no estrangeiro é o interesse que o aluno(a) de intercâmbio suscita no grupo estudantil onde é inserido. A ânsia de conhecimento, bem ao estilo do seu objectivo oficial, faz com que se queira aprofundar ao máximo a compreensão da cultura que o recebe com bem mais do que braços abertos.

Tudo começa com o acto de trabalhar os progenitores para a possível emigração temporária como se estivesse a trabalhar numa lesão; o que pode demorar meses. Seguidamente o aluno inscreve-se para Paris, Londres ou Milão. Calha-lhe uma cidade na Polónia que nem ele consegue pronunciar. Ao saber da excitante notícia, o aluno decide dar o primeiro e talvez o único passo onde revela interesse cultural. Vai ao google earth e pesquisa a localização daquela cidade satélite de Cracóvia, mas não encontra nada. Não desistindo procura em todas as lojas de artigos para turista (livros, redes mosquiteiras, caquis, e outras extravagancias), finalmente, e já com o avião prestes a levantar voo, encontra aquele mapa X.P.T.O da Polónia, mas como não podia deixar de ser está em Polaco!

Chegado ao aeroporto polaco, é recebido por um indivíduo que anteriormente participou no Programa Eramus entre outros. Supostamente ele é o avaliador do intercâmbio, mas no entanto só se voltarão a reencontrar na volta para Portugal, pois o mesmo não lhe prestará qualquer serviço útil durante a sua estada (como indicar os melhores sítios para engatar gajas por exemplo); não é bem assim, leva-o para uma residência estudantil dos tempos da ex-URSS, onde, se tiver sorte arranja um quarto com um aquecedor.

A vida do português não é fácil! No alojamento demora um dia para meter conversa com os colegas que vêm de outros destinos e que têm mais dinheiro do que ele; quanto ás raparigas, devido a sua compleição atlética, o luso ainda tem algum receio de apalpar o terreno. O tamanho deixa-o pouco à vontade e até assusta, habituado que está às portuguesas, sempre introvertidas e pequenas como sardinhas. Nas aulas o seu inglês aos encontrões permite-lhe apenas travar conhecimento com o totó da turma. Uma semana depois desiste das aulas e parte para os bares da cidade mais frequentados por miúdas. É verdade que tinha uma namorada em Portugal, mas como era uma chata, preferiu dar de frosques em busca de experiências sexuais no campo oral e rectal sem ter de se preocupar com as idas ao fim de semana à casa dos pais da menina.

A época de caça dura seis meses, que é o tempo que dura o programa…

Não sabemos ao certo quando come a primeira camone, embora ali o camone seja ele. Talvez entre a décima quinta e a décima sétima cerveja.
Vivem felizes até ao raiar do dia, ou até à próxima rodada, e às vezes junta-se-lhes uma ou outra amiga. Tudo isto graças a um enorme investimento com as tácticas de engate de Zézé Camarinha.

Quem diria que realmente funcionariam.

Quando o programa acaba, o português volta mais experiente para a orgulhosa Universidade que o viu partir, volta para a família que lhe colocou uma vela no santuário local para o ajudar naquela sua caminhada árdua num sítio desconhecido e por fim, o nosso “Manuel” sabe que ao voltar vai ter de reconquistar a sua pequena sardinha muito subtilmente de modo a ter sexo às escuras, correndo o risco de , repetir o mesmo acto na mesma posição 12 vezes por ano!

Que saudades da Polónia!

No entanto se uma estrangeira do Leste, por exemplo da República Checa (porquê República Checa?! São umas debochadas querem logo saber como se diz "foder" em português!!!) se fizer à estrada e vier para Portugal, vamos ter festarola logo nas primeiras horas! O primeiro a fazer-se ao bife é o anfitrião que a recebe na cidade. Ele terá o direito à primeira tentativa de provar o pêssego e com o seu charme de guia turístico, provavelmente conseguirá.

Em primeiro lugar e ao contrário do que sucedeu com o português na Polónia, tem logo a camaradagem de 5 colegas dispostos a tudo para que se sinta mais do que em casa; e se for em casa dela ainda melhor. Surgem propostas para realizar explicações linguísticas, ajudas nos trabalhos de casa, conhecer a cidade, etc...

Agora multipliquem isso por seis meses e pensem seriamente participar no programa.

Talvez por causa do calor ou por causa dos efeitos da queda do Comunismo, as alunas do Erasmus desenvolveram uma aptidão voraz por conhecer aprofundadamente tudo sobre as diferentes culturas da União Europeia (sobretudo do sul da Europa) e apresentam-se no aeroporto com um postal cheio de palmeiras e muito sorridentes.

É uma experiência única de intercâmbio cultural que aconselhamos vivamente aos alunos universitários e que não se irão arrepender, mesmo sabendo que, na devida altura a deixámos escapar.

Agora como bónus apresentamos aquelas que achamos que são as doze regras essenciais para ter sucesso aquando de um intercâmbio (o grau de sucesso dependerá do seu objectivo; estudar ou "aprofundar" a cultura).

12 Regras Básicas para ter sucesso do Programa Erasmus

1. Um mau domínio do inglês é sempre uma boa arma;
2. Uma apresentação sorridente é sempre um bom ponto de partida;
3. Veja sempre com bons olhos uma nova experiência;
4. Avalie sempre situações de recurso;
5. Nas aulas mesmo quando percebeu a matéria peça explicações a um(a) colega;
6. Uns copitos nunca fizeram mal a ninguém;
7. Raparigas de mãos dadas não são necessariamente lésbicas, e até poderão alinhar numa ménage;
8. Ande sempre com uma caixa de preservativos na mochila;
9. São só seis meses, terá que voltar para casa por isso atitudes sérias não são opção;
10. Faça o teste das DST antes e depois do intercâmbio;
11. Convém pelo menos ir a uma aula;
12. A máquina fotográfica é a nossa melhor amiga;

P.S.: Se houver algum imprevisto nove meses depois, lembre-se de que estavam mais 20 pessoas na festa e que poderá sempre culpar alguém, fique de consciência tranquila.

Searaman & Blinkboy (09.12.06)

terça-feira, novembro 28, 2006

Crónica do Demencial: Um dia com o Desemprego

Um dos resultados da grande politica governamental portuguesa é o que está a acontecer a um dos elementos do blog.

Desempregado à dois meses e após um ano e meio de trabalho entre estágios e contratos de trabalho temporário, com contactos e currículos enviados, a única solução é esperar e deparar-se com uma situação frustrante:

Não ter nada para fazer.

Como bónus, tem o computador avariado à 3 meses, enviado com garantia para a “grande superfície” de origem, que o enviou para arranjar em França faz já dois meses.

Rico panorama. Na época em que os governantes fazem bandeira sobre o decréscimo de desempregados (os trabalhadores em recibos verdes e com contratos precários em empresas de trabalho temporário não contam, claro) e incentivam os estudantes para não abandonar os estudos, não existe a mínima garantia de trabalho para as fornadas de licenciados que terminam os cursos anualmente e caiem no desemprego por habilitações a mais.

Esta é uma situação que afecta milhares de pessoas e tocou também a um de nós.

Este é o relato de um dia de um “número” inserido nos milhares que estão desempregados.

10h30 – Acorda calmamente e depois de ir à casa de banho liga a televisão num canal de notícias para ver as novidades. Interessante. Um jogo de futebol que correu mal, manifestações nas ruas, fechos de escolas em protesto contra coisas que nem os alunos sabem, fechos de fábricas, centenas de trabalhadores despedidos, OPA’s, novas reformas governativas estranguladoras para o pequeno contribuinte e representantes do governo a rir com o bom trabalho realizado. Enfim, um dia normal.

11h30 – depois de um belo pequeno-almoço de uma fatia de bolo e um pacote de leite com chocolate, toma banho, veste-se e dirige-se ao quiosque mais próximo onde compra o jornal “a bola” e lê os cabeçalhos de um dos muitos jornais da cidade. “Única cidade do país com aumento de orçamento para luzes de natal em relação ao ano de 2005” Bonito. Passaram de 15 mil para 35 mil euros. Ainda bem que a Câmara Municipal está em contenção de despesas. Depois de 32 mil euros gastos em dois pórticos de metal, é bom ver que a governação continua a manter a coerência.

12h30 – de volta a casa, a nova areia perfumada que comprou para a gata deu um resultado. Fez as necessidades no tapete da casa de banho. Toca a limpar. Se as coisas correm bem, porque haveriam de mudar?

13h00 – os restos do jantar do dia anterior dão um bom almoço. Vê os vários noticiários. Num canal, um jovem atira-se de uma ponte do rio Douro e morre, tudo devido a uma aposta, num outro, é escamoteado até ao limite todos os detalhes do jogo de futebol do dia anterior, e no que falta, um inquérito nas ruas de várias cidades do país mostra que a maioria das mulheres queria como prenda de natal por parte dos conjugues/namorados um automóvel ou uma viagem, ao que os respectivos reagiam com total estupefacção, mostrando que no séc.XXI os homens ainda não percebem as mulheres. “Pago-te uma viagem de transporte público” foi a resposta mais pragmática dada por um cônjuge.

15h00 – dirige-se ao antigo local de trabalho, onde à dois meses lhe dizem que querem que volte e que estão a tratar da elaboração do novo contrato. Nada de novo então. Ainda estão a tratar do assunto. Não sabem dizer em que ponto está o processo. Fica cada vez mais optimista no regresso ao trabalho.

15h30 – consulta os seus e-mails com esperança de ver alguma resposta a algum envio de currículo. Nada de novo. Muitas newsletters e mails de amigos com vídeos ou imagens cómicas. Não tem paciência para os ver. Fala com os antigos colegas de trabalho e fica a saber que as coisas não melhoraram no local e que há trabalho a mais para pessoas a menos.

16h00 – visita vários familiares onde põe a conversa em dia. Não tem novidades a dar. Volta para casa com um saco de fruta, queijo e algumas coca-colas. Pelo caminho, passa pelo shopping onde dá uma vista de olhos e encontra 5 lojas de roupa a necessitar de funcionários. Pensa que quem não gastou 5 anos a tirar um curso superior tem trabalho garantido. Pensa também que provavelmente é esse o destino de muitos licenciados e talvez o seu.

17h30 – chega a casa, onde depois de arrumar as coisas, fala pelo telefone com a mãe que emigrou para França à 13 anos e continua sem novidades para lhe dar sobre a sua situação.

18h30 – chega a casa a sua “cara metade” que está em estágio profissional numa Câmara Municipal a 40 km a fazer o trabalho de professores que não foram contratados por uma empresa de trabalho temporário de modo a assegurar os professores nas várias escolas, sendo impedida assim de trabalhar na sua área especifica.

Mais um dia de trabalho normal, complicado por professores, educadoras de infância que se pensam superiores a animadores culturais e até mesmo os pais das crianças que dificultam e condicionam o trabalho com os alunos.

19h00 - sem grandes motivos para boa disposição, é feito o jantar, janta-se, actualizam-se as noticias e arruma-se a mesa e a cozinha.

22h00 – sentam-se no sofá onde vêm um pouco de televisão e a cara metade vai-se deitar para acordar às 07h30 para ir trabalhar.

23h30 – sozinho no sofá, vê um filme pois não tem planos para o dia seguinte.

01h30 – vai-se deitar, com a única certeza de que amanhã é um novo dia.


(23.11.2006) Searaman & Blinkboy

sexta-feira, outubro 20, 2006

Crónica:do Demencial: Desregulação Interior

Crónica do Demencial: Desregulação Interior

O Homem nem sempre está feliz.

Na existência momentos em que tudo fica parado num beco. A salvação nem sempre nos ouve, ou nos falava, e quanto muito pode vir na receita de algum remédio para alguma maleita. Hoje escrevemos sobre prisão de ventre. Voltamos à obscenidade, à heresia de falar de merda. É sobre merda que se trata este texto. E não nos vamos esconder por caminhos metafóricos e campos lexicais médicos. Já basta andar na merda, e ter de dizer que vamos andando…

A desregulação interior, pleonasmo por outras palavras que procura dizer prisão de ventre, destrói a vida de muita gente todos os dias. Mas devemos ser sensatos e pacientes com quem perde uma manhã inteira a cagar. Paciência. Cagar logo e bem cagar é sinal de vitalidade intestinal. Pura vitalidade da raça, diga – se, humana.

Mas não compreendemos porque há gente que com requintes da dicotomia desejo vs. morte, que se esforça por esventrar nas horas dos ciclos diários de cagança.

As soluções passam por produtos que adquirem o poder de um bálsamo. O bálsamo neste caso serve – lhes para tornar mais rápidas as auto-estradas intestinais. Mas tudo começa por cima, e para essas pessoas, a boca é uma mera passagem; o esófago é uma mera passagem mais inclinada; o estômago é um balde de tinta para dar um retoque no produto. Depois a acção desenrola-se nos intestinos, mas querem que a mesma seja ligeira, ou light, como se diz agora.

Com a acção dos milagrosos produtos, a hipótese de cagar torna-se rotineira, como a necessidade das tripas expelirem a caganeira numa mija quando as coisas dão para o torno e apanhamos uma intoxicação. Os produtos milagrosos, estão acessíveis, e neste momento - neste momento em que escrevo esta crónica é uma era triste para as farmácias, pois a venda de laxantes já deve ter feito apodrecer o mercado da limpeza intestinal. As impurezas podem agora… Perdão, não se trata de impurezas, mas de alimentos normais, que são empurrados pela leveza de produtos com o “Acti”, o “Regulador”, ou o “Fibra com mil milhões” (ficam aqui alguns exemplos); e ao serem atirados para fora de cena, vão tirar do curso da história, a natural forma de cagar, um processo que se aperfeiçoou ao longo de milénios.

Imaginem o que seriam as dificuldades do homem da idade do gelo em cagar. Primeiro, o acto deveria ser longo, pois o consumo de carne era primário e não existia alternativa para vegetarianos, uma vez que vegetais seriam de pouca monta, e nem isso lhes passaria pela mona. Imaginem o ser, no pleno acto, completamente incólume a apanhar alguma constipação só por colocar o rabo ao léu. Imaginem o que seria a falta de uma boa pedra junto ao rio, ou de umas folhas de feto fresquinhas! Meus caros, evoluímos muito, mas quando nos deparamos com um funcionário público aselha, ou outra situação de nacional porreirismo, até ficamos com a tripa às voltas.

Hoje, com a sofisticação, assistimos à arquitectura da implosão do ser, e devido aos estímulos da modernidade, criaram-se hábitos que destroem os actos solenes como cagar. Os produtos em voga, são cada vez mais apetecidos.

Esses produtos regulam as horas, e ao regularem o relógio interno, vão também fazer com que as pessoas normais que não sofrem de problemas naturais de defecção, trabalhem mais, produzam; gastem; contraíam empréstimos e hipotecas. Vivendo com um frenesim tal, só pode significar uma de duas coisas: ou são pessoas que preferem e vivem o desejo de cagar e ter a sua cagada a tempo e horas como o sexo a tempo e horas, ou então tudo isto não passa de uma estratégia capitalista para reduzir mais uma vez o homem aos intuitos dos grandes grupos de fabrico de iogurtes.

Isto, meus caros leitores é uma mancha castanha muito grande e muito mal cheirosa nas nossas vidas; é uma merda; e descobrimos que afinal sempre devemos olhar as coisas de um diferente ângulo.

Gostávamos que pensassem nisto, como quem pensa que tem uma pedra na barriga, e tem de andar às voltas para encontrar uma solução. A solução é chá tradicional, genuinamente colhido no campo e colocado em sacos que podem encontrar em lojas de produtos naturais. E não se esqueçam, sejam puros e não usem essas mixórdias com aloé vera.

Achamos que fomos tão originais com esta descoberta que somos tentados a dizer “viva a merda!”. E que afinal os manuais sobre o acto de bem cagar, e toda a etiqueta que foi escrita por muitos eruditos, se encontrava certa. Mas desconfiamos e não queremos que em nome da sofisticação, da modernidade e do capitalismo, o acto de se sentar no trono se torne tão banal como mascar uma pastilha elástica.

Pelo bem de bem cagar, divulguem esta mensagem; bem podemos dizer que o futuro pertence à merda, perdão à boa merda, pura e sem aditivos, que façam com que o ciclo digestivo seja desmaterializado, pois ele é um trabalho de equipa que exige que sejamos parceiros, ou melhor, o jogador mais avançado, pois é a nós cabe a concretização final.

Searaman & Blinkboy (02/10/06)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Estamos na rede, porra!!!

Depois de muitos fantasmas mal apagados. Depois de perguntar, qual era a nossa missão; houve alguém que acordou com os nossos gritos.
Estamos aqui! Estamos na rede! Estamos na rede, porra!!! Na sagrada rede da Internet; visíveis ou transparentes. Matéria do lusco-fusco!
Ainda há quem duvide!? Tirem as dúvidas e procurem o primeiro computador com acesso à Internet. Podem visitar o site
www.santaremonline.pt!? São capazes de sair dessa existência adiposa?

As felicitações são muitas, porém sem ruídos, sem aqueles exageros da populaça em dia de campanha eleitoral ou justiça popular.

Sabemos, no corpo e na alma que não somos candidatos a nada. Apenas lutamos com dignidade por levar às montras um livro, que até podia ser vendido aos fascículos pelas edições Planeta de Agostini, Salvat ou Círculo de Leitores.
As nossas crónicas até podiam fazer parte de um destacável de um jornal, podiam até ser uma coisa, que nem seriam para comer, ou fazer a cabeça às pessoas.
As nossas crónicas são o vento que passa e a história anoitecida, e o poio de merda canino nas nossas cidades, que estranhamente nunca vemos de dia!

Nós partimos para um lugar, e a um lugar chegamos à mesma hora, no entanto não conseguimos contar quanto tempo exacto vivemos a viajar. É uma alegria; gáudio, gáudio, para mulheres e homens que acompanham as nossas demenciais crónicas.

Tristan Tzara e o Senhor Antipirina, Louvados sejam, e todas as pedras aguçadas da calçada porque delas é a cavilha da granada músculo – esquelética.

Nós temos um coração tão grande, que fomos abençoados com esta entrevista.
Façam o favor de a ler!!!

Que viva a linguagem! Os fatos cinzentos que andaram fora do armário são hoje as solas do nosso calçado. Mas é pena que ainda vivamos num mundo tão cinzento; com nuances espinhosas de cinza. Como é que assim conseguiremos ser amados!?

A personalidade é o que é, mas nunca conseguirá totalmente dizer quanto é!!!
O que importa que digam de nós! Digam é qualquer coisa. É absurdo pensar que multidões de rinocerontes rumam todos os dias a blogues que obrigam à leitura e a imposição da cultura. A esses, auto – raptados da cultura dizemos, que ninguém está obrigado a ler “litrotura”, que apenas serve para colocar o sistema cultural a mexer.

Leiam antes as Crónicas do Demencial para não adormecer!!!
Porque se adormecerem, parasitam nos corpos uns dos outros!!!

Sman e BlinkBoy

segunda-feira, outubro 09, 2006

Última Hora! Elementos do Blog em entrevista no Santarém On-line!

À pois é!

Desde hoje que pode ser vista a entrevista dada pelos elementos do blog ao site www.santaremonline.pt relativa ao lançamento do livro das Crónicas do Demencial!

É uma entrevista muito gira com duas pessoas muito importantes (para os respectivos pais)!


09.10.06 Searaman & Blinkboy

quarta-feira, outubro 04, 2006

Crónica do Demencial: 1 ANÛ DE CRÓNICAS: AUTOCRÍTICA E AUTO ESTIMA

Nem que passe uma década, havemos recordar que algures em Outubro de 2005, apareceu o nosso blogue.

Não tínhamos propostas genericamente sãs. Fazer escrita criativa, e em particular num subgénero já explorado por caras familiares como Nuno Markl, Gato Fedorento, Nilton, Rui Unas, Luís Filipe Borges (o da boina, que apresenta a Revolta dos Pasteis de Nata), e ainda autores com publicações menos conhecidas, que mareiam dentro da fina-flor do famosos colunáveis.

Ora, nós nunca fomos das Produções Fictícias nem andamos que nem uns malucos nas discotecas a esbanjar dinheiro por um miserável copo meio cheio de vodka, cheio de gelo, e que custa 3.50 € ou mais. E bem vistas as coisas, em termos literários, até acabamos por ir atrás de alguns chavões.

No entanto, não podemos negar que esse género de humor, vive á medida dos trambolhões que dá o país e o mundo. É feito a partir do/e para o quotidiano. Mesmo assim, julgo que inovamos em alguns assuntos, e fomos capazes de retirar de uma massa borbulhante de ideias, algumas pérolas de demência.

Contudo, o nosso maior objectivo, era transmitir e partilhar como se fosse uma espécie de conto, as maravilhosas histórias de 3CNilhoo; uma pitoresca personagem com os seus raríssimos altos e profundos baixos, diremos mesmo, profundíssimos baixios. Mas não conseguimos. Admitimos, que por motivos do próprio tempo e da “ausência” do nosso “boneco”, a secura foi exercendo o seu domínio sobre as nossas bem intencionadas ideias. No entanto outros fenómenos, teorias, e criações, assim como citações da vida real, foram jogadas nas fuças do mundo.

Quase que atingimos o lume.

A razão do aparecimento desta autocrítica está ligada com o desejo de denunciar ao mundo a nossa auto – estima. Porque queremos mais. Queremos que nós provoquem, queremos comentários quando publicamos uma história. Não gostamos de saber a verdade por uma sondagem, como aquela que publicámos recentemente. Claro que ficamos perturbados por sermos obrigados a mudar o nome do nosso blogue. Sentimo-nos incompreendidos.

Porque carga de água somos incompreendidos!? Foi devido ao doido nome do blogue? A total ausência de bom senso? E o excesso do senso comum!? Foi devido aos erros que quando em quando surgiram nos textos? Se calhar estavam á espera que nosso blogue fosse uma “central de recolha de piadas do tipo Fernando Rocha”! Até esse senhor já publicou um livro com a sua autobiografia.

Porreiro, mas as nossas histórias, são a nossa autobiografia. E nesta conclusão ficamos entalados. Podemos rir, trazer a ironia ou o sarcasmo ao de cima, mas não conseguimos disfarçar o soluço e alguma dose de melancolia.

No entanto outros factos precisam de ser exorcizados. Não somos muito pontuais. Quando nos propusemos ir em frente com o blogue, sabíamos que era importante manter quando não todos os dias ou semanalmente, quinzenalmente o blogue com novas histórias.

De facto falhámos o objectivo colectivamente. A falta de tempo, inspiração, ou de um bom argumento para escrever, reteve os co – autores, numa calmaria.

Mas também o trabalho nos transtornou. O nosso tempo esvaziava-se na organização de coisas absurdamente nada prioritárias – no caso do Searaman. No caso do BlinkBoy de facto o trabalho devorou-lhe a inspiração até à medula. Não somos realmente uns privilegiados, como aquela rapaziada das produções fictícias.

Mas enquanto formos capazes de manter isto como uma alegre campanha ou uma tertúlia ondulante, vamos manter o privilégio que é servir-vos com as nossas crónicas.

Quanto ao formato, e à inclusão de novas rubricas com fotografias e vídeos, achamos que futuro tem uma palavra a dizer, embora que o futuro não é necessariamente amanhã.

Por último deixamo-vos esta mensagem.

Portugal, precisas de um mega clister! E o que nós adoraríamos ser a ponta do mesmo.

(24/09/06) Searaman & Blinkboy

quinta-feira, setembro 21, 2006

Última hora: Após mega-sondagem, e para quem não sabe escrever, mudamos de endereço! A 10 de Outubro: www.cronicasdodemencial.blogspot.com

Pois é.

Após realizada uma mega sondagem a possíveis leitores do nosso blog, os resultados aqui estão e são surpreendentes! A taxa de sucesso foi máxima, e não existiram dúvidas por parte dos inquiridos, pois recorremos ao método da seringa!

Nesta sondagem, foram colocadas cinco questões muito simples – e reparem que não existe a habitual pergunta “não sabe, ou não responde” em português pré-sms aos tugas, e após a explicação das mesmas por várias e várias vezes lá conseguimos apurar os seguintes resultados:

1ª Questão – Costuma entrar em Blogues?

a) Sim 35%
b) Não 0%
c) Nunca experimentei, pois ainda não me sinto preparado(a) 15%
d) Bacalhau com Grão 50%

2ª Questão – No caso do blogue www.cronicasdodemencialpqsindromenilhoo.blogspot.com, que defeito tem a apontar?

a) tem poucas “moças roliças”® 45%
b) endereço demasiado longo e complicado 30%
c) qual? 15%
d) Bacalhau com Grão 10%

3ª Questão – Que assuntos gostaria de ver abordados com maior incidência no blogue Crónicas do Demencial?

a) gajas nuas 25%
b) a ausência de gajas nuas na vida dos co-autores 25%
c) o capachinho do Paulo Bento 25%
d) Grão com Bacalhau ou Bacalhau com Grão? 25%

4ª Questão – O que acha da Pitofilia?

a) devia ser um menu fixo no Mc Donalds 25%
b) a razão do Carlos Cruz se ter lixado 25%
c) devia ser liberalizada 25%
d) só tenho 14 anos mas vejo os Morangos com Açúcar 25%

5ª Questão – quem acha mais bonito?

a) Odete Santos 0%
b) Paulo Bento 0%
c) Eu 100%
d) Tu 0%


Com estes resultados, tiramos várias ilações importantes. 1º precisamos realmente de mudar de endereço do blog, pois temos ainda todo um mundo para “educar” com a nossa sabedoria; 2º Bacalhau com Grão é muito bom, e 3º a Pitofilia continua a ser uma modalidade muito amada e observada pelos portugueses.

No caso do endereço do blog, se não conseguimos fazer com que os internautas memorizem o nosso antigo endereço, não podemos contribuir para um aspecto negativo que grassa em Portugal: o analfabetismo.

Daí a mudança.

Ao mudarmos o nome do endereço, estamos a facilitar a vida de muita gente que tentou aceder ao nosso blog de maravilhas e coisas giras, mas que infelizmente não o conseguiu, chateando-se até com a Internet e o computador, chamando-lhes mesmo um nome feio!

Esta pequena e aparente insignificante mudança, é no entanto um enorme passo para nossa subida ao estrelato, e podemos mesmo equipara-la à revolução realizada por Bill Gates nos anos 80, possibilitando que em cada casa existisse um computador, que o software se tornasse tão simples de utilizar como um jogo de tetris, e mais tarde, o acesso livre e total a pornografia!

Esperamos então que esta alteração vos abra as portas para todo um mundo novo de felicidade!

Como tal, e graças aos resultados da nossa mega-sondagem, apartir do dia 10 de Outubro de 2006, o melhor blog que passa despercebido a todos passa a ser - e reparem na originalidade - www.cronicasdodemencial.blogspot.com, ficámos a saber o que vai ser o nosso almoço, mas que nunca será o nosso jantar, continuaremos a olhar para as pitas de olhos arregalados esperando… e a comentar à boca cheia, e realmente o Paulo Bento conserva um cabelo de meter inveja a muitas carapinhas...

(20.09.06) Searaman & Blinkboy

Crónica do Demencial: Lusocartofobia

Apresentamos nesta Crónica, a Lusocartofobia.

Não é nenhuma breve crónica sobre racismo ou xenofobia. Também não é uma doença, que se possa apanhar como uma constipação; ou uma virose; ou uma doença do foro psíquico. A razão do aparecimento da lusocartofobia é mais íntima; é um problema pessoal e também colectivo.
O termo lusocartofobia, descreve a sensação de medo, frustração e desprezo que sente a maioria dos portugueses quando lida com mapas.

Mas antes de chamar-mos à atenção a União Europeia, a ONU, e o Governo nacional, vamos descrever, como se fosse uma bula médica os principais sintomas desta fobia.
A lusocartofobia ataca todos os cidadãos que detestam mapas – daí o termo cartofobia, quanto ao tema luso, achamos que é de fácil entendimento – que os detestam por terem cores variadas; tracinhos; cruzes; auto-estradas e caminhos-de-ferro; cidades e vilas; distritos; parques naturais; o norte, sul, este e oeste; bandeiras cruzadas, a relação entre a distância e os km; e a sinalética constante e regular, capaz de fazer perder paciência em poucos segundos ao mais calmo condutor, turista ou viajante!

Até agora sabemos as causas de tal calamidade. No entanto faltam outras pistas que vamos desvendar a seguir. O tempo de ocorrência da fobia, o tempo de duração, os efeitos indesejados e a posologia certa para combater este fenómeno psicológico.

A fobia ocorre principalmente nos meses de verão, Junho, Julho, Agosto e Setembro, pode por isso ser considerada uma doença sazonal de verão, uma espécie de febre dos fenos. No entanto a fobia também pode atacar em larga escala no Natal, Carnaval e Páscoa. É uma fobia com um comportamento nitidamente festivo, e ataca durante datas simbólicas. Quanto aos efeitos indesejados, a experiência decorrente da observação deste fenómeno mostra-nos que a Lusocartofobia pode ter repercussões graves nas maleitas do foro psíquico e até psiquiátrico.

Provoca ansiedade; ataques de fúria; manifestações do Síndroma de La Tourette; ciúmes; raiva; choque anafilático; crises cardíacas. Mas o efeito mais corrente é o da desorientação e no caso de uma terceira pessoa intervir poderemos assistir a uma discussão que até pode culminar em violência física, quanto mais verbal.

Para combater esta fobia, observamos que não existe um medicamento certo para a combater. Não devemos esquecer que se trata mais de um comportamento gerado pelo excesso de confiança, na suposta “orientação pessoal” e ao hipotético “sexto sentido”. Um especial sexto sentido que ataca maioritariamente o português - homem.

Mas como combater este fenómeno?! Comprar um mapa ou guia actual com as estradas nacionais e estrangeiras, fazer um curso de geografia, nem que seja por correspondência; pedir aconselhamento a pessoas instruídas, e não esquecer de respeitar quem sabe ler um mapa. Tomar umas aspirinas também pode ajudar, para acalmar a excitação e frustração gerada por uma desorientação na estrada, ou quando procura aquele museu que gostaria de visitar desde o ano passado, e porque se perdeu não conseguiu. Agora como não tem um mapa, vai reincidir novamente.

Foi exactamente isto que aconteceu, ou quase que acontecia a uma família portuguesa nesta semana que passa, na cidade do Porto. Procuravam o Museu do Vinho do Porto. Cruzaram-se com um dos elementos do blog, enquanto estava a realizar a corrida habitual de fim da tarde (Ah pois é!).

Perguntaram se sabia onde ficava o museu. Claro que surpreendido daquela maneira não conseguiu responder. Pouco depois lembrou-se que o dito museu estava localizado nas imediações. A primeira resposta foi indicar-lhes que perguntassem num ponto de apoio ao turista (e no Porto existem tantos!!!) ou pedir informações mais há frente. Pouco depois o elemento do blog cruzou-se novamente com o grupo. Já sabiam onde ficava o museu. Aproveitou para lhe dizer que o melhor, nestes casos é adquirir um mapa com os monumentos e museus da cidade.

O senhor, indignadíssimo, disse que não necessitava de mapa algum para se orientar. O elemento do blog anuiu, e continuou a sua corrida. Mais uma vitima da Lusocartofobia, pensou.

Enquanto escrevemos, pensámos: “mas afinal estaria o museu aberto ás 19:00 horas da tarde!?”

(21.09.06) Searaman & Blinkboy

quinta-feira, setembro 14, 2006

Última Hora: O Porquê do Silêncio Parte 2

Um bem haja a todos!

Estamos de volta!

Aqui nas Crónicas sentimos que temos o dever de informar o leigo leitor do porquê deste longo silêncio. Como (não) deverão saber, os elementos deste blog serão brevemente entrevistados para uma secção cultural de um site português.

Por favor, nada de risos. Isto é verídico.

Como tal, decidimo-nos preparar adequadamente para a ocasião. Spa's, Limpezas de pele, solários, noitadas, one night stand's e outros artificios tão em voga utilizados pelos famosos, foram neste ultimo mês utilizados para elevar os elementos do blog ao seu modesto estatudo de estrelas.

Claro que, infelizmente os nossos 5 fiéis leitores ficaram prejudicados pela ausência de novas pérolas criativas, mas este foi um risco que decidimos correr em prol de um bem maior.

Podemos dizer que foi um mês muito bom em que nos sentimos como umas autênticas estrelas, ou seja, não fizemos nada de util ou relevante para a sociedade ou mesmo para quem está mais perto de nós. De qualquer maneira conseguimos combater o impulso de lançar um disco ou iniciar uma tertulia, o que nos deixou bastante orgulhosos.

Como tal, estamos de volta e mais frescos que nunca a este local de peregrinação, prontos a regurgitar mais textos de um valor inqualificável à velocidade de uma gazela prestes a ser devorada, mas com os mesmos erros ortográficos de sempre.

Para terminar, e em primeira mão, queremos dizer que o nosso objectivo de domínio do mundo está a correr sobre rodas. Depois do blog, do programa e rubrica na rádio e do livro a editar, faltará somente a incursão no cinema para aí sim, sermos os gajos mais conhecidos do bairro!

(14.10.2006) Searaman & Blinkboy

segunda-feira, agosto 07, 2006

Crónica do Demencial: O Topless nas Praias Portuguesas da Actualidade– Uma Benção ou um Horror?

Eis chegado uma vez mais o Verão.

Corpos perfeitos, bronzeados, jovens e tonificados invadem as nossas televisões diariamente a relembrar o ideal de beleza e as maravilhas que esta estação oferece a quem a abraça de corpo e alma, tal como mostram os anúncios e as telenovelas tão “realistas” quanto a própria realidade.

Mas será assim tão simples? Teremos à nossa vista na praia tal realidade como a da TV? Seremos nós assim como nos fazem parecer?

Realmente esta é a altura em que as pessoas pensam que em um singelo mês se apagam ou se compõem os excessos dos meses anteriores, e é ver a corrida ao solário e ao ginásio, aos cremes tonificantes milagrosos e à bela da cozedura (escaldão) de um dia na praia que torna tudo muito mais rápido. É assim o Verão todos os anos, com novas modas e os interesses de sempre.

É tudo tão belo como o final das aulas, o inicio das férias grandes, o sair com os amigos, a pílula do dia seguinte e o novo comprimido milagroso KGB. Mas tudo isto só sendo o leitor um(a) belo(a) jovem entre os 14 e os 30 anos, de cara e corpo de “Morangos com Açúcar”, enfim a bela “realidade” de cerca de 10% da população portuguesa.

Mas não é este o tema particular desta Crónica. O tema é o Topless! Essa grande invenção que ha uma década atrás era saudavelmente praticada maioritariamente por “moças jovens e roliças” ou “apetecíveis MILF’s (procure no dicionário inglês leigo leitor!)” que faziam muitas vezes com que os jovens e senhores mais impressionáveis, com ventre para baixo “procurassem petróleo” durante largos minutos nas suas toalhas quando o que queriam mesmo era ir para a água tomar um banhinho de água gelada...

Pois é! Bons tempos esses, tempos que estão a ganhar contornos verdadeiramente horripilantes com base nas 2 ultimas experiências estivais de um dos elementos do Blog.

Ao que parece, existe muita gente que, ou não toma atenção à publicidade televisiva, ou não vê novelas.

O que era realmente uma benção torna-se agora um drama ao nível de um melhor episódio de “Morangos com Canderel”. Ao nosso lado, uma senhora de 60 anos deleita-se com o belo sol de Verão enquanto provoca visões tão horrendas com o mesmo efeito de olhar directamente para o Sol.

Infelizmente ao tentarmos olhar para o lado de modo a remediar a situação, encontramos mais um belo espécimen saído de um natal dos hospitais, versão Topless! Um horror que se prolongaria pelos restantes dias de férias de verão na praia de Vilamoura e sem quaisquer sinais de uma “moça jovem e roliça” para o salvar de tal tormento!

Esperamos sinceramente que seja somente uma má presença em tempo/espaço, nos sítios errados ás horas erradas, mas infelizmente assim o é há dois anos consecutivos e se a situação não melhorar no próximo, tememos ter que falar em crise no sector do Topless em Portugal.

PS: Em determinada altura, um dos autores do blog ainda pensou que o ano seria salvo por uma bela “bifa” em Topless, mas o que aconteceu foi a visão de um “bife” de aproximadamente 120 anos sem calções, utilizando a sua toalha para cobrir os ombros e costas, deixando o que seria realmente imperativo de tapar livre como um passarinho para deleite da sua esposa de 110 anos em topless.

(24.07.06) Searaman & Blinkboy

Crónica do Demêncial: E assim foi o Mundial "FIFA" 2006

Pois é, acabou mais um Campeonato do Mundo.

Nesta edição do Campeonato do Mundo “Corredores da FIFA”, tivemos um mês de verdadeira animação!

Desde altos responsáveis da FIFA a serem expulsos por vender bilhetes na “candonga” ao triplo do seu valor normal e a meter para o bolso, a demonstrações de xenofobia e incompetência a ser aplaudidas pela FIFA, ao carro oficial do mundial da Alemanha ser a marca japonesa Hiunday no pais da BMW e da Volkswagen, à escolha da mascote inglesa de 66 para mascote oficial do de 2006, numa prova de amizade para com os seus amigos “bifes”, sendo o seu merchandising tóxico, de modo a comemorar o espírito desta grande nação.

Estava tudo pronto para mais um grande mundial.

Mas falemos de futebol. Até porque foi do (pouco) futebol que o mundial se fez.

Alemanha, Itália, Espanha, Inglaterra, Argentina, e França(?) os candidatos ao titulo do costume, acrescido da já equipa hexacampeã, super favorita e “galáctica” selecção brasileira!

Entretanto, numa euforia particular e abstraída de tudo o resto, Portugal.

Aquela selecção “incómoda” que quase ganhou um campeonato da Europa, mas que felizmente o perdeu para a Grécia, não qualificada para o mundial, que ou demonstra grandes resultados ou resultados estapafúrdios recheados de polémicas e umas suspensõesitas e que se julgam ao nível da “elite” estabelecida do futebol mundial.

Com as belas palmadinhas nas costas, as altas personalidades lá iam dizendo que Portugal “tem hipóteses” de chegar longe. Bonito! É isso que queremos ouvir para ficarmos felizes. Já podemos então viver os próximos anos com as palavras dos outros e vitórias morais! Espera lá! Querem ganhar? Isto não é o habitual...humm...ok, então vamos ter que fazer alguma coisa em relação a essa atitude...

Voltemos aos candidatos do costume.

No início do mundial:

A Alemanha, como equipa anfitriã, tinha legítimas aspirações a ganhar a competição, com a sua renovação concluída depois do descalabro do Euro 2000, e após os períodos de adaptação de 2002 (onde chegou á final) e de 2004, agora a jogar em casa, tinha tudo para o conseguir, bem à moda das melhores histórias que a FIFA tanto gosta de contar.

A Itália. Finalista em 94 e no Euro2000, quer atenuar os danos do escândalo de corrupção que abala o seu futebol, e com o seu futebol consistente e o “catenaccio” é sempre uma selecção a considerar.

A Espanha, como de costume, empunhando o brasão do melhor campeonato do mundo e super confiante pela excelente campanha de qualificação, estava preparada para finalmente quebrar o enguiço dos “quartos de final”.

A Inglaterra. Como sempre foi e como sempre será, os ingleses estavam confiantes que iam ganhar a prova.

A Argentina vinha para este mundial como uma selecção fortíssima e realmente tinha hipóteses de conseguir ganhar a prova.

A França. Após seis anos verdadeiramente miseráveis, e uma qualificação no mínimo sofrida, a selecção gaulesa não tinha expectativas muito altas para este mundial.

O Brasil. A selecção do R9 e R10 em mais uns quantos jogadores fabulosos, vieram para o mundial com o cheiro do samba e festa permanente. Sorrisos, samba, festa, habilidades, e afins fazem da participação do Brasil um autêntico espectáculo dentro e fora do campo. Milhares de adeptos nos treinos, centenas de jornalistas nas conferências e a unanimidade mundial de que o novo campeão do mundo estava encontrado.

A denominação de “galácticos” dada à selecção canarinha era mau presságio.

E Portugal. Vice campeões europeus, uma qualificação sem mácula e sem derrotas e o melhor ataque das qualificações não são suficientes para ter favoritismo. Tudo bem, como país pequeno e como ainda não ganhámos nada...apesar de só termos falhado uma competição numa década e de as nossas equipas nacionais, jogadores e treinadores portugueses darem cartas na Europa à décadas.

Mas nada disso importa. Importa é no campo.

No final do Mundial:

A Alemanha, como se esperava, ou não, embalado pela 1ª vez com uma verdadeira euforia por parte dos seus adeptos parecia mesmo destinada à final da prova para gáudio da FIFA. Só não contavam que o “catenaccio” italiano funcionasse ás mil maravilhas e foram despachados com dois golos no ultimo minuto de jogo. Apesar de tudo, venceram facilmente Portugal para ficarem como 3º lugar na prova. Prestação muito positiva.

A Itália. Atenua os danos do escândalo de corrupção que abala o seu futebol, e ganha o Mundial de 2006 sem problemas de maior. A Juventus torna-se o clube de segunda divisão com mais Campeões do Mundo de sempre com 8 jogadores na “Squadra Azurra”.

A Espanha, como de costume, empunhando o brasão do melhor campeonato do mundo e super confiante pela excelente campanha de qualificação, voltou de novo para casa após perder nos “quartos de final”.

A Inglaterra. Para variar, os ingleses até perderem sempre pensaram que iriam ganhar a prova. Será por isso que foram eliminados nos quartos-de-final, novamente contra Portugal, novamente por penalties, novamente defendidos por Ricardo (3 penalties defendidos), sem que desta vez tivesse que tirar as luvas ou que marcar qualquer penalidade.
Ainda como ajuda aos ingleses, Cristiano Ronaldo relembrou ao arbitro do encontro que pisar propositadamente um adversário nos “países baixos” é passivo de expulsão. Pela quinta competição consecutiva, perderam por penalties nos quartos-de-final.

A Argentina cilindrou com uma goleada a primeira selecção que teve pela frente, mostrando que realmente poderia ser o ano deles, infelizmente para eles foi mesmo só esse o único jogo de jeito, acabando por serem eliminados pela Alemanha nos quartos-de-final. Valeu por ver o Maradona a chorar como uma menina.

A França. Na sua óptica, chegaram à final do mundial naturalmente, sem quaisquer dificuldades como estava previamente previsto e delineado, tal como a cabeçada de Zidane a Materazzi e todas as atitudes xenófobas e racistas que tiveram durante a prova. De referir que os jogadores da selecção francesa tinham perfeita noção que Luís Filipe Scolari era um grande jogador da Selecção Portuguesa. E um jogador muito perigoso também. Estava também previsto perderem a Final para a Itália, onde Trezeguet tinha instruções específicas para falhar a sua grande penalidade.

O Brasil. A selecção do R9 e R10 e mais uns quantos jogadores fabulosos, vieram para o mundial com o cheiro do samba e festa permanente. Sorrisos, samba, festa, habilidades, e afins fazem da participação do Brasil um autêntico espectáculo dentro e fora do campo. Milhares de adeptos nos treinos, centenas de jornalistas nas conferências e a unanimidade mundial de que o novo campeão do mundo estava encontrado. O nome de “Galácticos” estava bem entregue. Foram para casa depois de perderem nos quartos-de-final e a única coisa que se viu do melhor jogador do mundo, foram os dentes. Lula da Silva chamou “gordo” a Ronaldo.

E Portugal. Vice campeões europeus, não eram favoritos. Mas eram sem duvida um alvo a abater. De Portugal esperava-se ou uma prestação miserável, ou notável. Para azar de Angola, Irão, México, Holanda e Inglaterra, foi a segunda.

Infelizmente para a equipa com o futebol mais apelativo do mundial, “os poderes estabelecidos” não poderiam permitir a imergência de uma nova potência mundial e permitiram um desencadear de atitudes xenófobas e anti-desportivas da parte dos adversários que (cheios de medo é o mais correcto) adjectivavam a selecção e os Portugueses de bárbaros, palhaços, fiteiros, violentos, entre outros.

Portugal foi eliminado pela França nas meias-finais por 1-0 com um golo de grande penalidade.
Portugal acabou em 4º lugar após perder 3-1 com a Alemanha.

Para a posteridade fica:
O Melhor Jogador do Mundial: Luís Figo
O Melhor Jogador Jovem: Cristiano Ronaldo
O Melhor Marcador: Pauleta
A Melhor Cabeçada: Zinedine Zidane

Para a FIFA, o Mundial poderia ter sido pior. Com um lucro entre os 700 e os 800 milhões de euros, não foi nada mau.

O Brasil não ganhou como esperado, mas o esperado era a França na final e os Alemães contentes com o 3º lugar.
E a Itália não vai ficar tão triste com a sentença final do “Catecalcio”, onde vários clubes desceram de divisão por falsear resultados, e onde até os campeões foram falseados. Alguém se lembra de algo chamado “Apito Dourado”?

Daqui a 4 anos haverá mais, e pela primeira vez em solo africano; África do Sul, onde portugueses são assassinados às dúzias! E o Brasil poderá estar descansado que conseguirá mais uma estrela na camisola, com ou sem “Galácticos”.

PS: O logotipo para o Mundial África do Sul de 2010 foi feito por um português. Será essa a nossa vitória moral na competição?

(11.07.06) Searaman & Blinkboy

segunda-feira, julho 17, 2006

quarta-feira, julho 12, 2006

Última Hora: Uma Editora aceitou publicar as Crónicas em Livro?!

Os criativos das Crónicas do Demencial, lançaram várias propostas ao mundo editorial e da tipografia. Como objectivo pretendemos lançar no mercado as crónicas que no último ano e meio foram frutificando. Mas apesar do envelhecimento dos nossos escritos num blog, que apesar de ridiculamente visitado, têm mostrado que tem valor. Apesar de relativamente ignorados, e de uma incursão na rádio, caminhamos em frente, invictos com a nossa jangada de dementes teorias, boatos e histórias (in)apropriadas.

A proposta lançada no centro sul do país, trouxe na rede uma feliz notícia que agora divulgamos: as crónicas vão ser publicadas (esperamos) pela Província Editora, com tipografia da Ecos da Várzea Tipografia Lda.

No entanto não iremos divulgar datas, ou número de livros a publicar, pois as negociações que decorrerem podem demorar até ao próximo Outono. Podemos avançar com uma proposta da Província Editora; segundo fontes dos próprios, existe o interesse de publicar, após o lançamento do primeiro volume, as Crónicas do Demencial em uma edição especial de coleccionador, formato de Bíblia e até, em papel bíblia. Os leitores mais assíduos poderão assim adquirir pelo Natal um exemplar ricamente encadernado em cabedal e com caracteres a dourado e mostrar a preciosa edição na Noite de Consoada. Uma vez que quase não abordamos assuntos que incluam sexo, drogas e morte, não vemos nenhum incómodo pois não irá contra a moral estabelecida.

O leitor pode depois, à sua inteira responsabilidade procurar adquirir um autógrafo dos autores e conhecer a melancólica vida de quem trabalha no duro para sentir o sorriso nos outros, mas que para sobreviver tem que trabalhar no duro, pois com estes texto nem uma peúga velha conseguiriam para matar a fome.

Podem perguntar… mas onde se encontra a “Provinciae Editora” e a Ecos da Várzea Tipografia?

Não vos iremos dizer. A única vaga para lançar um livro já se encontra tomada, e se vocês pensam que vão conseguir editar lá o vosso livro com piadolas à lá Fernando Rocha, Nilton ou António Sala, desenganem-se.

Podemos ainda avançar que a festa de lançamento, será realizada com uma queima de livros de piadas sem o mínimo interesse; iremos criar o nosso próprio dia para queimar livros sem piada de tempos a tempos, coisa que os Nazis também fizeram há quase 70 anos. Foram belas queimadas, dignas das fogueiras de S.João e S.Pedro. Durante a cerimónia haverá ainda uma formalidade ritualista com o lançamento de ovos podres a uma banda de garagem rasca de Bragança que começa pela primeira letra do Abecedário, que é no fundo uma mistura de genes entre o Tony Carreira, Zé Cabra e Delfins. Para animar essa cerimónia, vamos ainda tentar trazer os Cebola Mol e a Tonicha, que cantarão os seus “maiores e mais maiores ainda” êxitos.

Ainda não podemos confirmar o local. O espaço é o maior problema para quem começa uma aventura criativa deste âmbito, uma vez que não envolve o uso de fogo, e como tal, não iremos realizar absolutamente nada em caves.

O evento em si, até poderá ser bem mais importante do que o livro, pelo que um dia editaremos um dvd com o mesmo e uma receita para um excelente prato de bacalhau com natas…

Já revelamos muitos e pequenos pormenores; mas falta ainda um, os logotipos das digníssimas empresas, das quais não esperamos levar uma embaraçante tampa.

(11.07.06) Searaman & Blinkboy

quinta-feira, julho 06, 2006

quarta-feira, julho 05, 2006

Este é o partido de Todos Nós!

Nacional Porreirismo.

"Sempre que tiveres vontade de trabalhar...senta-te e espera que passe!"



(04.07.06) Searaman & Blinkboy

Ultima Hora: Tunning, usar fato de treino ao Domingo e bandeiras á janela vão pagar IRS

O Ministério das Finanças está a preparar psicologicamente os contribuintes para um embrulho de novos impostos que entrará imediatamente em vigor e terá efeitos inesperados nas declarações de IRS deste ano.

A direcção-geral de Contribuições e Impostos (DCGI) aponta o Tunning como uma fonte de receitas que tem sido desprezada pelo Estado e cuja tributação se pode revelar altamente proveitosa. Spoilers traseiros, modificação de carroçaria, adornos brilhantes, jantes de design duvidoso, escapes Remus e artimanhas não especificadas que aumentem 1500 cavalos de potência a um carro que só tem 75 à saída da fábrica passarão a pagar um imposto provisoriamente designado por Taxa Pintas.

A DGCI pretende também taxar outras actividades queridas aos portugueses como o fato de treino ao Domingo, a sardinhada à beira da curva da estrada nacional, a aspiração de automóveis com extensões eléctricas puxadas de quartos andares ou mais e a unha mindinha no dedo tão útil para coçar o PCP (Peida, colhões e picha), tirar cera dos ouvidos e palitar os dentes.

Uma outra situação surge agora com o súbito sucesso desta selecção nacional com o brilharete do Euro 2004 e do Mundial de 2006. Não mais assistiremos a palhaçadas várias, violência e prostitutas mas sim a um aumento das vitorias em campo e com isso a predisposição do português para vestir dos pés à cabeça e gastar dinheiro com toda a quintellharia alusiva a Portugal comprada na feira, comprar 50 bandeiras para as varandas e agirem como verdadeiros babuinos. Surge a grande oportunidade para a provisória Taxa Patriótica.

Até ontem não se sabia se o governo iria avançar para mais 3 impostos polémicos: uma taxa para quem saia à rua de chinelos nem que seja só para comprar o pão, outra para a violência doméstica e uma ultima para os pais que vistam irmãos gémeos de igual.

(04.06.06) Searaman & Blinkboy

Crónica do Demêncial: Um mal, duas visões - O Nacional Porreirismo (2ª parte) por Blinkboy

O Nacional Porreirismo.

Este é um mal, uma maneira de ser, um modo de vida, um modus operandus, um defeito, uma presunção e porque não, o partido de 99% dos portugueses.

Qual síndroma do Sebastianismo tão enraizado no povo português, o NP (Nacional Porreirismo) é aquele dom tão comum de “és um tipo porreiro, não faz mal se não fizeste o trabalho pois vais ter boa nota” ou então “és mesmo fixe, vou-te dar uma 2a oportunidade e não pagas mais por isso”. É a bela mentalidade do enrascado que, porque foi para os copos em vez de trabalhar terá que fazer tudo à ultima da hora e que na altura arranjará uma solução ou desculpa mais ou menos credível para os seus problemas.

E assim vai o país a trabalhar a 50% quando poderia ser mais e melhor. Mas nada disso! Para quê dar o litro a fazer o que me compete se o meu superior, chefe ou professor sabe que sou um tipo porreiro e ele também o é e tem uma esposa tão simpática? O choninhas do caixa d’ óculos que trabalhe que não precisa de vida social. E assim não passamos bem?

O país precisa desta ordem natural e as injustiças são lamentos de “invejosos” ou “incompetentes” que não são tipos porreiros e que só se preocupam com essas coisas de prazos e ordem de chegada nas filas de espera em vez de dar graxa e conseguir melhores resultados com uma perna às costas.

Mas atenção, pois o superior, o chefe qualificado, ou o professor que é “mestre”, que expõe pinturas no Centro Cultural local chamando-se Luiz, que até é anti-nacional porreirismo para justificar as suas decisões incontestáveis, têm ao seu lado os Alexandres da vida que no final do dia de trabalho ou das aulas vão para o cafézinho ou bar discutir coisas interessantes para o seu universo e “amanhã me entregarás qualquer coisa”.

Nacional Porreirismo: o Diapasão Nacional!

Esse sim, seria o partido político perfeito!

“Não prometemos nada! Eu e os meus colegas (que são uns tipos porreiros) logo arranjaremos qualquer coisa para safar o país durante o nosso mandato”. Nem que seja só adiar as consequências para depois o gajo que vier a seguir resolva as coisas...

(04.07.06) Blinkboy

terça-feira, junho 27, 2006

Ultima Hora: Para: Jorginho, Pedrinho, Pintinho e Miguelito...

Para: Jorge Gabriel, Pedro Vasconcelos, Pinto da Costa e Miguel Sousa Tavares

Não sei se repararam...PORTUGAL CONTINUA A GANHAR!!!!

(07.06.06) Sman & Blinkboy

Ultima Hora: Ontem fiz anos! e não anús!

É verdade! No dia de ontem foi o meu aniversário! Que giro que foi! Uba uba! Um bolito e tal, uma queca, uma segunda oportunidade, outra queca...e lá se foi o dinheiro das prendas!

Finalmente atingi a maioridade!! As meninas já podem abusar de mim sem riscos judiciais!

E para quem disser que já sou maior de idade à uns anos...huummm...huumm...é pá...pois...depende dos gostos.

Ps: É muita porreiro o símbolo do meu signo.

(27.06.06) Blinkboy

sexta-feira, junho 16, 2006

ERRATA

ERRATA (Prelúdio)

E - R - R - A - T - A
A-T-A-R-R-E
R - E -T - A
E
A-R-R-E -A
T
R - A - T - A
A - R - R - E
E - R - R - A - T - A

Comunicado

Depois de mais um grande momento de lirísmo, os redactores das Crónicas, inspirados pela grande e nunca esquecida palavra "Errata", comunicam que a partir de agora, toda e qualquer comunicação que tinha por título "Grande Reportagem" se passará a escrever "Crónica do Demencial". Este acerto, serve para nos colocar no fuso criativo, daquilo que escrevemos.

Para ser verdadeiro, apenas criamos uma ou duas reportagens, e já não fazia qualquer sentido, a manutenção desse toponímia hermética. Pedimos as nossas desculpas a todos os nossos leitores, se é que a palavra leitor se lhes enquadra, e pedimos, se não for muito complicado que comentem as nossas escrituras.

Por último prometemos não terminar este blog, quando aparecerem 100 pessoas no prefil.

Sem mais de momento

Continuem a comer com os olhos a gajas das revistas masculinas e a masturbação penal.

Os Redactores Blinkboy e Sman

Crónica Do Demencial: "Quanto é que está?!"

O edifício mais central de uma vila ou aldeia em Portugal, é o café.

Se pensaram que era a junta de freguesia, é sinal de que não percebem de arquitectura popular portuguesa. A junta de freguesia, ou está num edifício pobre de velho, numa decrepitude espiralada de vermes, ou instalada num edifício aparentado com um armazém. Mas não é sobre arquitectura que iremos incidir esta crónica. É sobre o café; construção que se destaca das demais por ser um enorme paralelepípedo de cimento, que na parte inferior, vulgo “a loja” do antigamente, possui o chamado café. Mas sobre este local, falta ainda chegar ao objecto que propicia a pergunta mais comum que se realiza num café. O televisor com ecrã de plasma, ligado à parabólica, aos canais generalistas ou estatais, ao cabo; no qual se encontra o produto que consome 85% da programação, a Sport Tv.

Às tardes, e durante as noites, sendo umas mais ou menos “europeias”; com programas dedicados à avaliação de lances polémicos, uma ou outra avaliação que não incide sobre a proveniência da relva, sem esquecer o mal ruim que grassa na arbitragem e o caso do apito dourado, que aos poucos vai perdendo a sua dourada coloração e assume uma matiz de latão gasto, que sagazmente vai desinteressando as sumidades judiciais, perdendo-se nos corredores dominados pelos caudilhos do “Norte Atlântico” qual “Quinhentinhos” ou “Caso Calheiros”.

O televisor de plasma, é um espelho de água, das águas turvas e profundas do futebol, mas essa bola de cristal não explora só a monocultura do futebol. A Sport Tv, consegue ser mais diversificada, mas não tendo a fórmula um, ou a volta a Portugal em bicicleta. Outras modalidades aparecem no canal. Mas urge fazer uma questão, que para além de polémica, irá nos levar à monocultura que seca tudo à sua volta: o futebol.

Um jogo de hóquei, mesmo que disputado entre os grandes da modalidade, não interessa totalmente ao público do café, o mesmo se pode dizer sobre um jogo de basquete, ou andebol, as competições aquáticas, como o pólo aquático e o atletismo e a ginástica.

A excepção seja feita para os desportos com motores, que para uma minoria, actua como um sangue regenerador, ver máquinas vorazes em gritos metálicos no fim-de-semana equivale em ir à hemodiálise. Não é possível viver sem velocidade, é um requisito que nos é pedido a toda a hora. Existem ainda os desportos de salão, destes o bilhar, snooker, ou pool, são como pequenas drogas que aparecem esporadicamente, que também deixa pregados no televisor, durante algum tempo os clientes, mas é preciso lembrar aí desse lado, que são desportos de elite, que até exigem níveis de concentração para quem vê. Não são radicalmente populares, mas também tem bolas…

O segredo é ferro e borracha, os mesmos materiais que formam um automóvel. Se fossemos químicos poderíamos dizer que estes são os componentes básicos para se ter audiência num canal televisivo. Um automóvel, por muitos portugueses é tratado como uma bola de futebol. Sem ferro e borracha, com testosterona a servir de estanho, para fazer a ligação, nada feito. Um televisor que não apresente com primor uma boa dose de sangue, aço e nervo, é ignorado, considerado lixo de segunda categoria que nem vale a pena recolher.

Para o público que passa os dias de sol e chuva na entranha do café, apenas desportos com resultados concretos, nos quais entra o futebol, merecem ser adulados. Imaginemos que aparece algum estranho no local, e depara com o televisor a transmitir uma partida de patinagem artística; essa pessoa está impossibilitada de socializar, com a habitual pergunta –“Quanto é que está?!”

Um resultado concreto tem respostas concretas, e o futebol, é um deles, senão o único, se avaliarmos a quantidade de golos que é marcada. Por exemplo, já um jogo de basquete, ou hóquei, atinge muitas vezes resultados, que dificilmente são entendidos e apreciados pelo frequentador de cafés! E no caso do basquete, a sequência de play-offs, e eliminatórias é tão indescritível que o mais certo é mudar para outro canal que mostre coisas concretas como a luta livre ou o boxe.

Mas a programação da sport tv, e do segundo canal aos fins-de-semana, não transmite apenas futebol; dá-lhe relevo sobremaneira, mas outras modalidades também têm o seu quinhão. Devido a esse factor plural encontramos nos cafés e bares o seu televisor de plasma qual bombardeiro desportivo, ignorado. Por ventura, a pessoa mais atenta é sempre o “homem do balcão”, faz parte da estratégia, pois a qualquer momento, um novo cliente pode aparecer e perguntar, quanto é que está aquele jogo de boccia! E o “homem do balcão”, não pode, seja como for perder um cliente.

Moral da crónica, não existisse o futebol, o rugby seria o desporto número um, logo Brasil, numa seria uma potência dessa modalidade, e Portugal até já poderia ter ganho títulos regionais e mundiais, ou então encerramos esta crónica com a segunda parte da crónica, não existiriam tantos café e bares e o jogo da malha (o críquete dos latinos) seria um desporto popular com transmissão aos domingos à tarde, entre o andebol e as corridas de fundo!

(14.06.06) Searaman & Blinkboy

segunda-feira, maio 22, 2006

Grande Reportagem - Um Mal, Duas Visões: 1ª Parte - O Movimento Nacional Porreirista (Nacipo/Nacional Porreirismo) visto por Searaman

Grande Reportagem
Um Mal, Duas Visões: 1ª Parte - O Movimento Nacional Porreirista (Nacipo/Nacional Porreirismo) visto por Searaman

Se existe uma história que nunca foi escrita é a deste movimento, que infelizmente não se amenizou em partido político, nem mesmo durante o PREC, pois a couraça de orgulho em ser Nacional Porreirista, ou Nacipo, não necessita de simbologias estampadas em camisolas baratas de algodão, aventais, bandeiras, ou no cachecol surgindo quando Pedro Santana Lopes, vulgarizou aquele adereço futebolístico. Antes de tudo, o Nacional Porreirismo é um estado de alma com o seu próprio pântano político.

Nesta Grande Reportagem não vamos virar a página a essa lacuna e escrever história, apenas pretendemos alertar. Talvez você seja um Nacional Porreirista e não saiba, ou sente que é mas não teve coragem de dizer convictamente – “Viva o Nacional Porreirismo!!!”

O Nacional Porreirismo é uma grande família sempre á porrada em casa, á porrada na escola, á porrada no emprego, á porrada no lar, e só não andam á porrada no cemitério, porque a eternidade é passiva e nunca saberemos quando o altíssimo chamará toda a lista de espera para o juízo final. O ambiente onde se gera um Nacional Porreirista situa-se entre as conversas do bar, a insolência chico - esperta da escola e no trabalho, na vida mundana de um faz de conta semi estéril a cerzir com a vida monótona após os primeiros 6 meses de casamento; tendo em conta um feliz namoro de tempo incerto ou sexualmente vulcânico. E antes que o pó se instale antes até que o reumático, surge um Nacional Porreirista.

O Nacional Porreirista não precisa de escola política, não milita nos juvenis, juniores, e depois nos seniores. Ele é capaz de aguardar o seu tempo e fazer tudo de uma assentada. Ele consegue divagar por entre os partidos portugueses – não sabemos se algum experimentou com fugacidade uma experiência externa – mas mais geralmente nos dois principais partidos. Depois disto ele está preparado para singrar com o seu plano pessoal político, não deixando, por uma questão de retórica de alinhar com os partidos do bloco central, pois em causa está sempre um tacho, um juro, uma taxa! A vida para um Nacipo é doce. É uma vida que nem sempre sabe o que é a palavra vaselina!

Mas por que não se augura para as próximas eleições uma nova força politica, o Partido Nacional Porreirista? Podia surgir, como aquele estranho partido, fundado no fim do mandato de Ramalho Eanes, e que conquistou umas dezenas de lugares na Assembleia da República; não nos lembramos do nome, mas era conhecido pelo símbolo da balança! E já que falamos numa balança, o símbolo deste partido poderia ser uma enorme árvore com um homem e uma mulher a dormir, nos cantos da árvore é claro, não seria de esperar outra coisa, se bem que poderíamos vislumbrar do lado do homem uma profissional o sexo ao fundo, e no lado da mulher uma placa a dizer clube de strip; poderia ser uma banana, poderia ser uma bisnaga de óleo, uma albarda… Se bem que a ideia da banana com as cores nacionais não sejam uma má hipótese, sempre o verde, amarelo e vermelho combateriam a conhecida tricolor da Bobmarleyana; bem acho que vocês percebem a ideia…

Mas não se iludam, a realidade é que nunca haverá um Partido Nacional Porreirista, e o Movimento, nem sequer tem um carácter cívico. Os Nacipo são conhecidos por serem inábeis até no reconhecimento da sua ignorância, mas capazes corajosos quanto ao orgulho, e capacidade de enrascar o outro enquanto se safa a si próprio, que até os podemos confundir com portugueses.

O Movimento Nacional Porreirista nunca terá um secretario de estado da cultura ou ministro – não sabemos de que cargo era titular na altura – que endereça um postal vivaz ao escritor brasileiro Machado de Assis, cujo conteúdo desconhecemos, conquanto que o escritor se encontrava morto desde 1908! Estamos a falar de Pedro Santana Lopes.
Nunca veremos bananas a recortar a malha urbana das cidades dando um toque a la Alberto João Jardim, e a sua tão querida Madeira; ou fazendo jus a um happening artístico no meio nas encostas da Serra da Estrela quando nevar.
A única coisa que o Movimento Nacional Porreirista procura é dilatar a espécie e a sua religião pessoal; como no cristianismo ou islamismo o que interessa é que os números cresçam, ou seja que os “crentes” se reproduzam. Mas ninguém nasce Nacional Porreirista, tem uma iluminação interior…

Para além disso, o secretismo que consagra este Movimento, eleva-o como se fosse uma sociedade secreta, qual Maçonaria. Mas não existem rituais, não existem loja como as do tipo maçon, não existem conferencia de imprensa onde se empossa o “novo grande de não sei que do grande ocidente lusitano”, como na maçonaria. E só mais uma coisa, o maçon, luta pela melhoria das condições de vida de um povo. O Nacional Porreirista prefere o seu egoísmo!
Somos ou não uns piolhos Nacionais Porreirista, uns Nacipos (tentamos arranjar um diminutivo mais parecido com o ambíguo Nazi, (nacional socialista, é um sigla de direita, que parece de esquerda… ou será que só nós vemos isso!?)

E o que vamos fazer? Somos portugueses...

(03.05.06) Searaman & Blinkboy

sexta-feira, maio 05, 2006

terça-feira, maio 02, 2006

Mais uma ajuda para o Choque Tecnológico! Grande Reportagem: Como Reconhecer um Nabo a Informática?

Grande Reportagem: Como reconhecer um Nabo a Informática

Encontramo-nos uma vez mais. Na Grande Reportagem desta semana iremos focar um assunto que atravessa todas as classes sociais, um flagelo que é vivido com frustração em privado, ou para humilhação das humilhações, junto dos colegas de trabalho.

Como reconhecer um Nabo a Informática!?

Antes de relatar factos e exemplos, informamos o leitor que há em nós um espírito cívico, algo que a maioria dos nossos conterrâneos acham ser uma heresia. Não estando nós nos assentos do poder do Governo do Eng. José Sócrates; resolvemos constituir um movimento (de duas pessoas), neste caso um duo, para nos engajarmos com o “Choque Tecnológico”! Este artigo é o nosso contributo com o bónus de poder reconhecer um Nabo a Informática.

Para o comum dos mortais a Informática é já básica e banal: memórias ram ou rom, sistemas, pixels, ms dos, cobol, pascal, interfaces, pacotes, actualizações, vírus (imaginem agora uma voz gutural), históricos, bits, bytes, mega bytes, crash, predefinições… Todos os termos deixam uma impressão cardíaca desesperante no ouvinte. Todos estes termos entre outros fazem parte do universo informático. Sabemos que não é necessário encarnar dentro de nós o perfil de um técnico de informática. Hoje a informática está ao alcance de todos, desde que não sejam analfabetos ou desmembrados. No entanto por muito tempo, ainda iremos encontrar deliciosos Nabos a Informática. Logo este pequeno guia será muito útil para aguentar pacientemente as aberrações do dia a dia no escritório.

Como Reconhecer um Nabo a Informática

1_ O típico Nabo, é trintão, com mais de 35 anos, e usa pullover cortado nas mangas;
2_ Usa uma pasta onde guarda um caderno e uma lapiseira banais, que são os seus normais instrumentos de trabalho, que incluem ainda uma agenda que não é da Tashen, e um livrinho de contactos;
3_ Apesar de hoje as disquetes pertencerem a uma era extinta, o típico Nabo não usa nenhuma, mesmo tendo em conta o preço ridículo que custa cada exemplar o que não se compreende;
4_ Não conhece outro tipo de letra a não ser o Times New Roman;
5_ Não consegue formatar um texto no Word, e tem ataques bipolares quando lhe falam do Excel;
6_ O Photoshop é estúdio fotográfico;
7_ Chama disquete a um CD;
8_ Não imprime documentos de Word, mas manda imprimir;
9_ Nunca liga ou desliga um computador, ficando a máquina em perigo de ficar ligada dias e fins-de-semanas a fio;
10_ Não tem e-mail, não recebendo assim e-mails com powerpoints ou imagens com gajas nuas…;
11_ Chama Net Café ao Cyber Café, o que sinceramente não compreendemos porquê;
12_ Nunca viu um vírus, e tem uma vaga ideia da cor do mesmo apesar do seu PC estar cheio deles;
13_ Nunca abre o e-mail do trabalho, o que é estúpido pois pode ter correio pessoal e intransmissível para o próprio, que mais ninguém vai ler;
14_ Não tem o última geração 3G XPTO, e usa um Sendo um Alcatel ou um Nokia… rasca;
15_ Não aceita que o corrijam, e anda a prometer que vai tirar um curso de informática para principiantes;
16_ Gosta de ditar os faxes, e não sabe que o tempo das dactilógrafas já acabou;
17- Só se serve da Internet para consultar os jornais online, já que não lhe bastam os 3 jornais que lê durante o dia;
18_ Se algumas vez teve TIC´s foi no tempo em que o MS DOS reinava, logo ficou traumatizado para o resto da vida;
19_ Quando passa um texto usa apenas o anelar, e é incapaz de olhar para o visor durante 5 minutos;
20_ No trabalho a mulher ou namorada escreve-lhe os textos para o trabalho, pois não sendo má é menos lenta a escrever;

Quase todas as Grandes Reportagens se baseiam em factos quase reais, mas a realização desta breve lista de sintomas é baseada num verdadeiro Nabo, que já confessou o seu handicap, mas que também já disse – e constata ser verdade – que é um Nabo a matemática, e que por acaso também é chefe de um dos elementos do blog.


(01.05.06) Searaman & Blinkboy

Olha tantos Tótós!!



It is I...Blinkboy, master of desguise...

(02.05.06) Blinkboy

British Cock Apresenta:


Após a radio, o Blog e o livro, as Crónicas aventuram-se no mundo do cinema no que poderá ser o pior filme deste novo século depois da Branca de Neve de João César Monteiro...

(02.05.06) Blinkboy

quinta-feira, abril 27, 2006

1º Teste de Capa..


1º TESTE DE CAPA!

Aqui está o 1º Teste para a capa do livro que vai competir taco-a-taco com os jornais no que concerne à 2ª escolha para limpeza do cu aquando da falta de papel higiénico!

Nota: O azul que se vê na capa é vermelho...o blogger deve ter alguma coisa contra essa cor...

Desta vez aceitam-se comentários....

(27.04.06) Searaman & Blinkboy

Em Memória de:


Em memória de "Crónicas do Demencial: O Porquê do Síndrome Nilhoo" no programa "Sem Censura" na RBA...

(27.04.06) Searaman & Blinkboy


BlinkBoy's Crazy World....

quarta-feira, abril 19, 2006

Mais um Belo Momento de Poesia: "NINFO"

NINFO


como ninfo como

ninfo como ninfo

como a ninfo

ninfo como como


Obrigado.

(12.04.2006) Searaman & Blinkboy

terça-feira, abril 11, 2006

Grande Reportagem: "Comic Sans" e a Queda do Poder Autárquico em Portugal

Grande Reportagem: "Comic Sans" e a Queda do Poder Autárquico em Portugal

Saudações a todos os leitores, como é habitual, antes de vaticinarmos as nossas opiniões, realizamos o ponto de situação, que serve basicamente para mostrar ao jeito de um prelúdio o tema desta crónica.

Pensamos que são capazes de discernir o suficiente para chegar à conclusão que este texto foi escrito em Comic Sans; mas atenção, não é um qualquer Comic Sans, é o Comic Sans MS.

Seria bom que este fosse lido na Rádio, no nosso extinto e animado programa, é pena, assim já não vós pediremos para pegar numa folha de texto com o alvo desta semana, ou implorar por que ligue o processador de texto para vislumbrar o tipo! E depois desta graçola empragnada do mais típico humor de chacha nacional, uma figura de estilo do típico humor dos malucos do riso, o dos batanetes, vamos começar!

Como é óbvio isto foi um prelúdio, por muito sexual que pareça a palavra, para nós, prelúdio tem uma conotação fálica. E depois de fazermos um pouco de lombada, no mais grosseiro estilo Margarida Rebelo Pinto, a tal do auto plágio, vamos começar por expor os principais problemas que advêm da utilização do Comic Sans – com ou sem MS, nos escritos das nossas autarquias.

Acreditem ou não, e o mais correcto é que aqueles que creiam, são indivíduos com os olhos bem abertos. A verdade é que o Comic Sans, invadiu e engoliu o disco rígido dos funcionários públicos e das presidências e vereadorias das nossas câmaras; também invadindo as repartições -se é que elas existem- das nossas freguesias.

Não procuramos nos computadores textos escritos com o tipo. Mas já encontramos afixados escritos com o tipo, e o típico EDITAL (com o titulo escrito a capitular, por tanto igualzinho à palavra que aqui escrevo).

Nesses EDITAIS, podemos ver, num estilo vernáculo, as comunicações camarárias, os éditos do momento, os concursos para calcetamento de ruas, e a típica edital para a vacinação dos cães.

Mas o que se passa naquela cabeça para utilizarem o Comic sans? Por acaso têm algum mal com o Times New Roman? Já não se respeita um tipo pela idade. Saberão eles que o Gautami e Garamond são práticos na substituição do Times New Roman, no caso do primeiro se o texto não for muito longo, e no caso do segundo para desenjoar. E se alguém lhe dizer que a Helvética serve para tal e coisa, ainda pensam, “Não conheço, quem é ela? Claro que esta resposta tem o seu Impact. Que por sinal é um tipo usado também sem se pensar muito bem; é uma espécie de Arial, só que mais alto.

Está visto que os gabinetes autárquicos não sabem aproveitar bem os recursos que existem num computador banal. Mais uma vez é o estado que não dá o bom exemplo, dizem vocês. O melhor é não esquecer que esta fatalidade já cruzou os mares profundos do nosso sistema autárquico, e se tornando numa sub espécie da autarcia, que domina as mentalidades de um totó ao computador.

Não repararam que o Comic Sans, é um estilo inspirado na legenda da BD, e que muitos desses livros têm um sentido cómico, com direito a tipo próprio.

Porquê a bizarra insistência nos gabinetes das nossas autarquias em usar nos seus editais este estilo, fazendo alusão a obras, medidas, legislação, e outras coisas que não têm piada nenhuma.
Estarão eles a pensar que são mais inteligentes que o resto da população, e lançam nesses editais mensagens subliminares, fazendo jus à sua mente superior! Já vimos muitos funcionários e nenhum deles nos pareceu chegar a esta conclusão.

O melhor é pensarmos que o disco rígido destas pessoas está riscado, ou que tem falta de memória, ou que ninguém lhes disse como havia de fazer as coisas; logo logo virá à baila que a culpa é do estado!

Aqui nas crónicas denunciamos o problema e idealizamos com uns breves esboços a solução para desta problemática, que aliás 3CNilhou sofreu, e pelo andar dos tempos, ainda sofre. A solução é querer aprender!

Um dia, e com mais recursos, havemos que realizar um documentário sobre esta problemática, é o nosso desejo. Haveremos de fazer DELETE, neste comportamento irracional.

PS – Espero que tenham reparado bem no titulo foi inspirado no filme Hiter e a Queda do IIIº Reich, o que se passa com o Comic Sans é um pouco parecido, e só nós é que poderíamos realizar um filme que relatasse a sua queda em 72 horas!!!

(10.04.06) Searaman & Blinkboy

quinta-feira, março 30, 2006

GRANDE REPORTAGEM: O SÍNDROME NILHOO

Grande Reportagem: O SÍNDROME NILHOO

(síndrome é mais grave do que síndroma...não existe essa palavra?!...se os presidentes da França e EUA inventam palavras e nós também podemos!)


Introdução

De vez em quando assistimos chocados a mortes violentas causadas por certos tipos de assassinos. Após abusarem física ou sexualmente de quantas vítimas conseguirem capturar; uns baleiam, outros esfaqueiam e esquartejam, e outros chegam até a comer as suas vítimas.

Mas não é de criminologia que se trata nesta edição da Grande Reportagem; somente de um comportamento sintomático que denominamos, após pesquisa intensa que durou 3 anos, e duas palavras fulminantes: Síndroma Nilhoo.

E assim se inventava uma nova categoria patológica do campo da sociopatia, tendo ainda o bónus de possuirmos uma espécie observada, viva e escoiceando, para nosso gáudio e muitas vezes estupefacção.

Tínhamos conseguido superar a estigmatização, da brutal presença de 3C Nilhoo, mas não conseguimos sobreviver à sua mistificação.

Antes de mais, e para o leitor não fazer figura de parvo, lançamos uma dica, a palavra Nilhoo, diz-se sonoramente “Ni – lhou”, o hífen serve apenas para vós ajudar a efectuar a soletração, mas não se esqueçam, que deve escrever a palavra na forma Nilhoo.

Do Síndroma Nilhoo

Daqui para a frente, se quiser parar de ler, deverá pausadamente ponderar, pois iremos raciocinar, e efectuar comparações pouco lógicas á primeira vista, para fazer o retrato do nosso 3C Nilhoo.

“Os assassinos em série exibem muitas das características que a psiquiatria associa ao que se chama distúrbio da personalidade anti-social, ou sociopatia.

O sociopata possui charme pessoal, estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de prolongá-los. Os sociopatas têm inteligência normal ou acima do normal, e, em geral, não tem nenhuma ansiedade, depressão, alucinações ou outros sintomas e sinais indicativos de neurose, pensamento irracional ou doença mental”. No entanto, não garantimos qualquer agilidade do foro mental ao nosso Nilhoo, pelo contrário ele possuía carências nesse campo que nos deixava estupidificados. Também no texto que se segue, que é a descrição de um sociopata, encontramos resilientes dúvidas, no entanto consideramos útil aplicar, quer os conteúdos que escrevemos quer os que vamos escrever, pois o 3C Nilhoo, era, e continua a ser um sociopata em potência.

“Normalmente os sociopatas são tranquilos, têm presença social considerável e boa fluência verbal. Muitas vezes são líderes em sua família ou grupo social, e se distinguem em algo, podendo ser admirados por isso. A grande maioria das pessoas, em contacto com o sociopata, é incapaz de imaginar o seu lado "negro", que alguns conseguem esconder com sucesso a maior parte da vida, através de uma vida dupla”.

Foi isso que conseguimos descobrir no Nilhoo, o lado negro; ou melhor, um autentico buraco negro de aberrações! À medida que conhecemos o carácter de Nilhoo, verificamos uma generalidade de comportamentos que tenderiam para uma enorme raiva interior; a construção de um mundo à parte, com a consequente ilusão pessoal e manipulação do outro, com o primaz objectivo de aplicar um correctivo naqueles que o menosprezaram, ou pura e simplesmente nunca souberam que ele era.

Para elucidar o leitor, colocaremos um dos pilares que sustenta esta doença psíquica o “ABC Nilhoo”

Contudo, não iremos abordar esta compilação de aberrações, sem antes, pois achamos útil, descrever mais um pouco o perfil do monstro sociopata.

“Os sociopatas são membros "notáveis" da sociedade porque eles exercem um fascínio, pela impossibilidade das pessoas perceberem a frieza e a forma como eles repetidamente manipulam e prejudicam as pessoas. Alguns sociopatas alegam ter um "lado mau" que os domina de forma incontrolável e os leva a cometer actos violentos.

Mas não sabemos até que ponto eles estão a falar a verdade.

O que há de anormal na personalidade sociopata? Eles são completamente insensíveis aos sentimentos alheios. Apresentam uma atitude aberta de desrespeito por normas e regras e obrigações sociais de forma persistente e irresponsável. Possuem baixa tolerância a frustração e facilmente explodem com atitudes agressivas e violentas.”

“O sociopata é um egocêntrico patológico, expressa desprezo completo pelos outros seres humanos. Ele não aprende com a punição, pois tem um grande déficit de sentir emoções”.

A atitude dele, ao reconhecer que seu comportamento não é aceite pela sociedade, é escondê-lo, jamais suprimi-lo. O comportamento anti-social é geralmente de natureza impulsiva, e pode assumir diversas formas, desde a irresponsabilidade, a mentira deliberada e o comportamento objecionável (como agressividade e mudanças súbitas de temperamento), até a violência gratuita e radical contra outros seres humanos, como a tortura, o estupro e a morte”.

É preciso ter calma, o nosso 3C Nilhoo, ainda não atingiu um tão elevado patamar de perversidade, logo, que se saiba, não torturou, violou ou matou ninguém, mas não retiramos as restantes características, que antes de mais são provas imaculadas da serradura que existe naquela mona.

Mas o nosso grande espécimen é um poço de surpresas, e 3C Nilhoo apresentava uma característica que o destaca da simples sociopatia: o seu pensamento e atitudes completamente surreais e desfasadas da realidade que ao longo de 3 anos nos trouxeram inúmeras pérolas do ridículo...

Em suma o Síndroma Nilhoo é:

A_ Anéis de 3CNilhoo; Adiposidade; Abusado Sentimentalmente;
B_ BLOB (Boa-nova, Lixou-se Outra vez a Besta; o bolha aparece antes do POF ); Bairrista; Burgesso
C_ Chão, Falta de; Cascais; Caos
D_ Demência; Demagogo
E_ Ex-Nilhoo, o acto de levar uma atitude, errada ou certa até ás últimas consequências, realizando o erro, por outras palavras “o gajo na bate bem da cabeça, entrou parafuso, e fodeu-se”; Eventos Irrealizáveis; Esterias; Esquizoíde
F_ Fracasso; “Foi Eu que fiz!”; Fotogay; “Fat Stalker”
G_ Golfinhos; Gays
H_Homossexual, preseguido pela comunidade; Herman Sic
I_ Inércia; Internet (pesquisas gay na rede)
J_ Julga que vai ficar por cima das pessoas com o passar do tempo, e agarrando janelas de oportunidade
K_ Disco K, Kaputt
L_ Loucura; Licenciatura Inacabada (é verdade, o Nilhoo, não acabou o curso, desistiu para sempre à segunda tentativa)
M_ McDonad´s; Madeiras; Megalomania
N_ NilhooStone, Pneus; NilhooWatch; “...Não fumo ganzas!”
O_ Onze Horas de Autocarro (Setúbal – Bragança, e vice versa)
P_ Punheta, ou excesso de; Psicose; POF! (Pá, O nilhou Fodeu-se)
Q_ Quecas; falta de
R_ Representante dos alunos; Raquelette, o caso da; Reuniões da Treta; Residente na casa da própria senhoria
S_ Síndroma de Nilhoo; Setúbal; Sado; Saturação de cargos escolares
T_ Tipos de Letra; Tróia; TVI; “Toma lá morangos!!!”, Trabalhos de Cerâmica, o caso dos; Trabalho de CTM, o horror do;
U_ Unflushable (Indescartável)
V_ Vice- Presidente da AE da ESEB; “Verão Azul” Banda sonora original
W_ WAM, outra banda sonora (isto só está aqui, porque seria fixe, observa-lo a dançar ao som desta banda, que resume metade da música pop dos anos 80, a outra metade é repartida pelos Frankie Goes to Hollywood)
X_ X vezes Três (Um percurso ímpar, cruzes das eleições que ganhou (3), uma das nossas cruzes da licenciatura)
Y_ Yuppie (Viciado no trabalho como projecção social, ou não!)
Z_ Zombi

Cada uma destas características é um retrato e uma pequena história, quem sabe ao jeito, de um pequeno dicionário, quem sabe um dia teremos aqui nas crónicas, o “Pequeno Manual Básico Para Lidar Com o 3CNilhoo, ou “Um Outro como Ele”.

Depois de o ler, não se esqueça, nunca coloque o piloto automático nas suas conversas; o 3CNilhoo, ou outro qualquer, arranjará sempre um método de deslocar a sua torre móvel de inteligência, com os típicos anéis de Nilhoo, numa táctica suicida, contra si, e contra o seus interesses, mesmo que sejam pacíficos.

E tenha cuidado não fale muito sobretudo de Setúbal, Golfinhos e Mc Donalds!

Poderíamos agora, dissertar sobre a causa desta sociopatia, que quanto a nós se gerou no seio frio da família, uma vez que a sociedade de hoje proclama que se perderam os valores da família, logo este tipo de situações aparece descontroladamente, antigamente o mal morria à nascença, e quando o dizemos, queremos dizer que muita gente doente morria depois de nascer, e por baptizar, ou então, uma vez que não existia comunicação social… no entanto como foi dito, o ABC 3CNilhoo, já esclarece o suficiente, mas se quiserem ler mais um pouco, e como não paga nada e até é bom estar informado destas coijas…

E agora o momento mais sério e cientifico da coisa (até prestamos serviço publico ao pessoal! somos mesmo bons!)!

Qual é a causa da sociopatia ?

Com o uso de aparelhos que permitem visualizar o interior do cérebro, hoje já estamos mais próximos de desvendar o mistério da doença da maldade. Os cientistas encontraram evidências de déficit estrutural cerebral no distúrbio da personalidade antisocial.

Verificou-se que nos cérebro de antisociais existe uma falha na conexão entre o córtex-pré-frontal, a área responsável pelo planejamento e consciência, e o sistema límbico, onde ocorrem as emoções, como prazer, dor, medo. Mais recentemente verificou-se uma redução de no volume da matéria cinzenta pré-central no cérebro dos sociopatas, comparado com indivíduos normais. Essa deficiência pode resultar em impulsividade e perda do julgamento moral.

Até agora não foram identificadas alterações cerebrais significativas nos sociopatas, a não ser algumas mudanças do electroencefalograma, que indicam um cérebro imaturo. Existem teorias de que a formação familiar na primeira infância é um determinante importante: forte rejeição, falta de amor, mas principalmente falta de disciplina e punição. Muitos filhos de pais com distúrbios anti-sociais acabam sendo sociopatas.

Desde pequenos, os sociopatas manifestam tendências e comportamentos que são altamente indicativos de como serão quando adultos. A criança sociopatica, por exemplo, é imune à punição, e não é afectada pela dor. Nada parece funcionar para modificar seu comportamento: repreensão, surras, castigos, etc. Os pais desistem, normalmente, o que agrava a situação. Além disso, a criança sociopatica apresenta uma história de torturar ou matar pequenos animais, pequenos furtos, agressão a coleguinhas de escola ou professores, de desafio aberto à autoridade dos pais e professores, mentiras sistemáticas e irresponsabilidade geral com seus deveres.

O mais assustador é que entre 1 a 4 % da população é sociopata em maior ou menor grau. Praticamente 100 % dos assassinos seriais (ou como se diz em Portugal assassinos em série) são sociopatas, e nos casos mais severos, a doença pode evoluir para canibalismo, práticas ritualisticas de morte e tortura, e outras formas bizarras e assustadoras. Não existe cura nem tratamento para a sociopatia. Todos os especialistas são unânimes em reconhecer que é praticamente impossível tratar um sociopata, pois ele não tem ansiedade, e é totalmente imune à punição.

Os sociopatas violentos precisam ser trancafiados (qué esta merda!!!) para o resto da vida no manicómio judiciário, para que a sociedade seja preservada de seus actos ou então executados por eles, como acontece em muitos países onde existe a pena de morte para crimes hediondos.

Renato Sabbatini e Silvia Helena Cardoso

Ah, é verdade, estes nomes não estão aqui por puro acaso; agradecemos ao motor de busca Google, por nos arranjar na língua de Camões, estes belos trechos sobre Sociopatia!

Agora, pensem bem, agimos ou não agimos como um sociopata!?

E o Nilhoo à solta por Setúbal, se o Vitória de Setúbal ganha a taça, o gaijo ainda aparece nu e a correr pelas ruas de Setúbal, ou Tróia, assustando a maralha que lá realiza os Morangos com Açúcar!!

Pior, pode conseguir lá um papel; e depois abre uma loja de Hambúrgueres, e nos tempos livres vai fazer animações no Sado com os golfinhos, insinuando frases chocantes como “Queres vir nadar comigo”.

O resultado seria a criação de uma série de televisão para os adolescentes até 30 anos, com o nome NilhooWatch; o que destruiria por completo a audiência dos Morangos com Açúcar; e que em segundo lugar humilharia redundantemente os colega do curso de APA, indo de encontro às expectativas sádicas que Nilhoo equacionou quando estava com raiva e em baixo!

Se isto não resultasse era mudaria de curso novamente, e começava todo novamente, com a criação de um novo sonho, um BLOB, e consequentemente um POF!!


PS: podemos dizer que um dos bloggers já se sentiu realmente ameaçado de morte pelo 3C Nilhoo, mesmo estando na altura numa aula de apresentação de trabalhos, e com todo um cenário a desmoronar, acrescentando o surreal á situação...todo o resto das situações foram pura e simplesmente ridículas...

(29.03.04) Searaman & Blinkboy

segunda-feira, março 20, 2006

Última Hora:Cena do próximo James Bond "Casino Royale" com Daniel Craig

Última Hora: Cena do novo James Bond "Casino Royale" com Daniel Craig

Se pensavam que Pierce Brosnan era perfeito para o papel do mais famoso agente da sua majestade e era um tipo cheio de estilo, tomem agora atenção a uma cena do novo filme a que nós aqui nas Crónicas tivemos acesso:

CENA 1

James Bond entra num bar. Senta-se ao balcão, cruza as pernas, pede um vodka martini (shaken, not stirred) e vê as horas.

Uma atraente rapariga que tinha estado a observá-lo com muito interesse desde que chegara, aproxima-se e exclama:

-“Que lindo relógio! Tem muitas funções?”

- “Claro! Este relógio Omega permite-me observar, de imediato, o que se passa à minha volta mais do que os meus olhos podem ver. Por exemplo, a menina não tem cuecas!”

- “O seu relógio é uma grande treta, pois eu tenho cuecas sim senhor!”

007 observa novamente o relógio, dá-lhe umas pancadinhas e responde:

- “Desculpa querida, está adiantado 15 minutos.”

(20.01.06) Searaman & Blinkboy

Última Hora: Já Não Estamos na Rádio!!

Última Hora: Já não estamos na rádio!!

Como um segredo do Pentágono, resolvemos apenas hoje divulgar o assassinato criativo do programa “Sem Censura” e da rubrica do blog na rádio, que se perpetuou em Janeiro passado...

Pois é! Tudo o que é bom tem sempre um fim, e a nossa rubrica na radio não é excepção. Infelizmente também o programa “Sem Censura” teve o mesmo destino.

Poderíamos ser diplomáticos e dizer que foi tudo muito bonito e tal, e que o final foi suave como o rabinho de uma menina, mas não foi o caso.

Queremos deixar um grande abraço e agradecimento ao GRAAAAANDE Rui Mouta que foi excelente em todos os níveis e é um grande amigo e grande profissional, que nos proporcionou mais uma oportunidade de “fazer” rádio, e foi com um grande prazer que colaborámos no programa “Sem Censura”.

O programa “Sem Censura”, mesmo sem a participação da nossa rubrica “Crónicas do Demencial” seria sempre um bom programa; o formato, as temáticas e o ambiente foram sempre uma lufada de ar fresco no panorama da radio actual, onde os mais diversos temas foram debatidos e comentados informalmente, mas com a seriedade que tais assuntos exigiam. Se bem que o Searaman, ache exagerado que tais assuntos tenham sido abordados com seriedade(mas pelo tal facto também não pode responder pois nunca ouviu o programa…).

A participação de convidados relacionados com os temas foi uma excelente valia do programa.

Mas como a condição humana assim o demonstra, os sucessos de uns serão sempre insucessos de outros (mesmo quando se trata de “colegas” de trabalho e que o sucesso deveria ser de toda a estação), e assim saltando á vista a incompetência, e de alguns, e o quão baixo se pode descer de modo a minar um bom trabalho.

Para a história fica um programa inovador, com temas arrojados e de verdadeiro serviço publico recheado de boa disposição, e uma rubrica humorística que para além de insana (com directos de total improviso em viagens de carro, casas de banho, a sofrer ataques pessoais e até esperas intermináveis no frio no meio do nada para entrar em directo) foi de total entrega e dinamismo, que no final foram afastados em prol de uma programação completamente banal...

(01.03.06) Searaman & Blinkboy

quarta-feira, março 15, 2006

Grande Reportagem: Capas Azuis...

Grande Reportagem: Capas azuis…

Não, este texto não é nenhuma referência ou piada ás capas negras ou á decadência do academismo na sociedade portuguesa...este tema é bem mais importante; as revistas porno.

O negócio corre mal, e não é por causa de o IVA ter aumentado.

O negócio das revistas de pornografia encontra na actualidade graves problemas macroeconómicos. É deste modo, bruscamente que vos expomos o incómodo problema do mundo das capas azuis.

Na Grande Reportagem, somos directos, e não criamos expectativas que levam os leitores a pensar ilusoriamente, mas não quer dizer também que não sejamos sensacionalistas.

No fim desta advertência, o leitor, que esperamos que seja maior de idade, poderá ler três pequenas entrevistas, que tentarão reflectir da melhor maneira possível o arrefecimento económico que existe no mercado de valores eróticos.

Tire as suas conclusões, e não se esqueça de procurar no armário da roupa, porque sim, você também já comprou revistas porno antes do “boom” da Internet. Poderá lá encontrar alguma revista já desactualizada… ou até quem sabe, a mítica Gina!

Entrevista a uma modelo pornográfica:

Crónicas do Demencial (cd): A menina basicamente o que faz é abrir a pernas a boca ou o cu durante a sua copula com um individuo que basicamente aparece na forma de um falo, ou num grande plano ejaculatório, enquanto outro individuo lhe tira fotografias, certo?

Modelo (m): Exacto, e sou muito boa nisso; desde os meus 15 anos que já não conheço outra coisa, e já sei todos os segredos da profissão! O que faço é meramente um facto. E esta vida está cheia deles, e até seis ou sete de uma vez só!

(Cd): Ficamos esclarecidos do seu amor pela profissão. Mas neste ramo, o que acha da contínua crise que grassa no meio, devido à concorrência do DVD pirata, dos downloads que se realizam na Internet; não acha que a foto erótica está em crise?!

(m): Por mim, não encontrei ainda a crise, pelo menos não me falta trabalho e ainda faço uns biscates com jogadores de futebol. Eu sou muito polivalente.

(Cd): Mas acha que o registo porno pode desaparecer devido à concorrência de outros meios?

(m): Não é nada que me afecte, enquanto não me faltar o tesão ou adolescentes e velhos solitários não haverá crise que me afecte!

(Cd): Uma última pergunta! Engole!?

(m): Tudo meu querido, tudo...

(Cd): F*#@-se!!..

Entrevista a um Vendedor numa tabacaria:

(Cd): Como corre o negócio de venda de revistas pornográficas?

Vendedor (v): Vendo na minha tabacaria 2 revista e dois jornais.
Mas o negócio entrou em declínio desde 2002, tenho vendido menos, e não encontro novo publico, acho que os jovens de hoje preferem os vídeos da Internet, e os dvd´s piratas e outras coisas; estava tão esperançoso que os meus sobrinhos (jovens adolescentes) começassem a comprar revistas, mas não as querem nem dadas, ou preferem produtos mais leves como as “revistas masculinas”. Se não há renovação de gerações, este negócio desaparece, morre! No entanto a venda de revista de topo do género da playboy, ainda se mantêm num bom nível!

(Cd): Está a querer dizer que os artigos de luxo, á semelhança dos automóveis de luxo, vende bem! Quer dizer que em tempo de crise só os ricos se safam?!

(v): Não acredito, não são os ricos que compram essas revistas, pelo menos aqui não. Eles podem até ter as meninas das revistas com uma simples piscadela de olho. Acho que é um tipo de cliente com gosto pela leitura da classe média baixa, ou até da classe média, mas que gosta de ver uma cavalonas nuas!!!

(Cd): Mas posso deduzir que quem compra as revistas porno mais populares é sociologicamente mais pobre e com menos recursos, como o computador por exemplo.

(v): Sim, são vulgarmente como trolhas, velhos e afins...

(Cd): Mas existem revistas com Cd – rom´s, a sua venda é assinalável.

(v): Fui apanhado de surpresa quando essa revista apareceu no mercado, mas depressa as suas vendas caíram, e hoje já não vendo esse artigo! Fui enganado!

(Cd): Gostaríamos de saber porquê...

(v): Não vai acreditar, mas essas revistas foram um fracasso porque estavam dirigidas à classe de compradores da classe média e média baixa, e até aos azeiteiros, no entanto com a difusão da net e do computador, e revista perdeu compradores; além disso nem o facto de ser uma revista Espanhola e com um IVA inferior ao nosso, provocou um aumento de vendas quando o Governo de Durão Barroso aumentou o nosso IVA.

(Cd): Só uma última pergunta, existem vantagens na substituição do formato de divulgação erótica?

(v): Sim, pelo menos agora dificilmente um jovem anda com folhas soltas de revistas no bolso do casaco, incorrendo claro está, no risco de ser descoberto com aquilo lá.

Entrevista a um Azeiteiro:

(Cd): Jovem, compras revistas pornográficas?

(a): BOOOM BOOOM BOOOM “DESCULPE!...DEIXE-ME SÓ FECHAR O VIDRO DO CARRO!!”...BOOOM BOOOM BOOOM...Já está...podia repetir?

(Cd): Perguntei se compras revistas pornográficas?

(a): Antigamente comprava algumas coisas, mas isso já não é boss!

(Cd): Pois, gostava de saber se achas que actualmente existem pouco títulos á venda ou se notas isso, uma vez que já não compras?

(a): É pá! Já nem reparo nisso, eu compro a Automotor, Easy Tunning, Auto Inform...”É BOAZONA!!!”...RAIOS!..não reparou em mim...deve ser de ter o vidro fechado...

(Cd): Então o que achas que está mal, no sector de venda de revistas porno? Poderá ser Reflexo do boom da internet?

(a): A internet é fixe! Posso sacar montes de álbuns de musica e filmes!! Tenho montes de filmes! Tenho uns altamente que te posso vender, 5€ é barato...tenho o Velocidade Furiosa 1 e 2, 60 Segundos...

(Cd): Sexo! Sexo! Estamos a falar de sexo, não de carros...

(a): Sexo?...Ya!! Aquela cena que se faz com a mão! É muito fixe! E um amigo meu que esteve com a minha prima diz que com uma mulher é muita giro...

(Cd): Deve ser. Mas achas que ainda há jovens que recorrem á compra de revistas, pois não têm acesso á Internet, ou ao computador? A Mítica revista Gina teria futuro neste tempo?

(a): A Gina?! Também conheces a minha prima?! Começo a ficar desconfiado pá! É que tenho montes de amigos que me falam da minha prima Gina e que é muita boa...já começo a ficar farto...

(Cd): Estou a ver que há coisas que nunca mudam...Obrigado.

(a): De nada meu...BOOOM! BOOOM! BOOM! BOOM! BOOM!...”ALL ABOARD...THE NIGHT TRAIN!!”...BOOOM! BOOOM!

Entrevista a um Executivo:

(Cd): Desculpa, compra revistas pornográficas?

(e): Quando era mais novo...actualmente não...

(Cd): Eu gostava de saber se achas que actualmente existem pouco títulos á venda ou se notas isso, uma vez que já não compras?

(e): Acho que não há tanta variedade como havia antes... também é reflexo da Internet...

(Cd): Então o que achas que está mal, no sector de venda de revistas porno?

(e): Acho que existe crise na indústria!

(Cd): Mas achas que ainda há jovens que recorrerem á compra de revistas, pois não têm acesso á Internet, ou ao computador? Como os classificas sociologicamente?

(e): Sim, mas entretanto, eles quebram o isolamento e descobrem que também podem aceder á pornografia quando travam conhecimentos com o caixa de óculos do prédio, que por acaso tem aquelas cenas. Sociologicamente… o que é isso, que merda de azeitice é essa!?

(Cd): O melhor é passarmos á próxima pergunta. No que diz respeito aos textos escritos, achas que o seu grau de erotismo foi agradável?

(e): Bem, pá, o que eu acho é…. É assim, eu não lia muito, talvez uma ou duas vezes, sempre gostei mais de ler as bandas desenhadas porno. Mas aprendi palavras novas como botão de rosa, plissada… entre outras!

(Cd): No entanto sabes que existem outras revistas, que até têm artigos, como a Playboy, a Hustler, entre outras, achas que vendem muito?

(e): Não sei, nunca comprei nas tabacarias, mas uma vez tentaram vender-me uma, mas estavam com as páginas coladas… não sei se percebes...

(Cd): Pois...obrigado, obrigado. Gostava de terminar com a entrevista, pois a fita está a acabar! Muito Obrigado

(e): Quer vir comigo tomar um copo?

(Cd): ...

Como podemos concluir, é o caos! Reina a desordem no mundo das capas azuis. As editoras já pensaram bem no que aconteceu ao cinema porno, quando apareceu o vídeo...desapareceu! Pois é isso o que pode acontecer, mas será uma morte lenta e agoniante.

Deixamos um conselho ás editoras, trabalhem o marketing, recuperem a confiança do consumidor.

Por exemplo na compra de dois exemplares, podiam oferecer uma boa vaselina, o que evitava maiores prejuízos no falo do leitor; ou o puzzle com uma cueca usada, ou na compra de uma revista receberiam gratuitamente um numero de telefone de uma menina ao calhas de Rio de Mouro e preçário incluídos!

Puxem pela imaginação…. nós também o fizemos… depois de um mês de secura criativa!!!

(15.03.06) Searaman & Blinkboy