quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Grande Reportagem: "Qualquer Dia Andamos de Carapuça?!"

Grande Reportagem: “Qualquer dia andamos de carapuça!?”

Encontramo-nos brevemente no Carnaval. E os olhares voltar- se –ão para o Outro lado do Atlântico.

O Brasil, claro está, a pátria do Carnaval em pelotas.

Para isso contribui o calor que por lá faz. Mas não só de calores se faz o Carnaval; o que seria do Carnaval sem a importância da calcinha de fio dental, da asa delta, ou para ser mais simples, o que seria do Carnaval sem aquela tampa acoplada ao sexo rapado de uma mulher, tapando-lhe os lábios da passarinha?!

É uma questão sem resposta, é obvio que sem isso milhões de erecções assim não aconteceriam!
Milhões de homens e alguns paneleiros -é preciso dize-lo com frontalidade- com os seus devaneios por fêmeas assim o permitem.

E ainda bem, pois o mundo seria triste como uma burka!

E depois, se um dia a tampa salta, o que fazer com o último retiro érogeno, a última mecha de selva? Calculamos que não exista tal Amazónia; veremos ao vento, a passarinha, o bicho solto, livremente no seu amplexo sexual?

Reside uma questão. E depois o que se seguirá?

Depois de satisfeitos iremos recuar com a libido atrofiada, pois como diz o ditado, o fruto escondido é sempre o mais apetecido?

Não! Não acreditamos!

Pois todos sabemos, ou pelo menos deveríamos saber, que cada passarinha é única. Um novo hobbie nasceria, se é que ele já não existe, um hobbie, cujo objectivo cientifico será o de atribuir a cada passarinha um novo significado, a cada prega um novo adjectivo, a cada clitóris uma epifania...

Um outro aspecto importante nesta nua avaliação, reside no facto da moda das tangas, ou no caso mais extremo, da roupa interior de papel ter sido importada da conservadora América, EUA, para os mais cultos!

E toda esta dissertação porquê, perguntam vocês?

Imaginemos agora se por qualquer motivo aparecem homens a reivindicar o direito a minimizar a coisa a nível de vestuário de praia tal como as mulheres?

Homens nas praias com diminutos slipes, ainda mais diminutos do que os do Party – Boy (para os mais incultos, o maior dançarino de rua de todos os tempos, um herói da mítica série Jackass!)!

Imaginem os homens pelas praias com uma espécie de preservativo, com um anexo especial para acomodar o tomatal. Agora que imaginaram, conseguem pensar em vocês com essa cueca cónica e um pára-quedas?

Poderiam existir diversos modelos para vestir, se bem que aquilo não se veste, e esses modelos podiam até ser inspirados nas profissões de cada um, entre outras opções.

Um pedreiro teria direito a um martelo na sua carapuça, um tipo divertido e boémio podia vestir uma carapuça com um smiley, um político podia vestir um capuz com um fatinho, um cozinheiro teria direito à sua colher de pau, um locutor de rádio, como o Rui Mouta por exemplo, poderia passear por brancas areias só com a sua carapuça em formato de microfone, ou de capa protectora de microfone a “entrevistar” tudo o que se mexia; um gnr, poderia vestir a sua carapuça com um farto bigode e barrete; um benfiquista vestiria uma carapuça com uma águia desenhada, um sportinguista vestiria uma juba castanha de pelo (que poderia ficar como um leão, mas também lembraria uma Drag Queen), um portista teria direito a uma tripa de ovelha ou porco, já que o modelo dragão ainda não deita fogo pelas ventas.

Mas tal situação poderia colocar muitos homens heterosexuais em risco, com o aparecimento de de um modelo “Olho do Cu” para os homosexuais.

Estamos perante uma ridícula mas genial ideia! Alguém que agarre esta ideia, que é de borla! Nós aqui nas Crónicas desenvolvemos tudo o que o faça sentir bem!

O país agradecerá, estamos certos, que andar de tanga, ou carapuça no futuro, para além de escandaloso irá trazer muitas divisas ao país! Mas o homem deverá rapar na totalidade os pêlos púbicos, não existindo mais desculpas para os que ficam por uma insignificante tosquia!!!

Outras ideias também nos ocorreram, e o menos positivo será o facto do reconhecimento dos nossos dotes numa praia se esta nova moda pegar.

Os homens poderão sempre recorrer á velha receita do “a água tá realmente gelada”, ou dos nobres medievais que vestiam túnicas apertadas, sem nada por baixo para adjectivar e realçar o povoador do reino, ou seja, no caso do amigo ser pequeno podem sempre recorrer a uma prótese!

Pois é! E com isto, tornaria-mos o Verão bem mais alegre e divertido, vendo por exemplo mais publicidades com o Zézé Camarinha a correr atrás do carrinho dos gelados “encapuzado” com um cone de Calippo!

(07.02.06) Searaman & Blinkboy

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