sábado, janeiro 21, 2006

Crónicas Bissemanais - 3º Manifesto A.P.A. - Aviso à Nau

Crónicas Bissemanais - 3º Manifesto A.P.A. - Aviso à Nau

Desta vez, publicamos o terceiro manifesto de APA. Mas devido a um constante esforço de perfeição e nirvana, pedimos desculpas a todos os otários por um grave erro que consta no primeiro texto introdutório; mencionamos aí o ano de 2002, como data de publicação dos manifestos, mas tal só aconteceu em 2003!

Entretanto, e com mais uma garrafa de vinho no fundo, o autor das crónicas bissemanais, continua a pensar no que poderá escrever quando se lhe acabarem os manifestos.

(10.01.06) Searaman & Blinkboy

Manifesto APA – Aviso á Nau


O barco já virou para as profundezas do Oceano.
A crise que abala a pátria portuguesa engravidou este povo de inércia e amorfismo conformado.

Só uma crise mais acutilante nos poderá salvar? Uma ida para o passado cor-de-rosa quando naquele tempo doce é que era! Mutilar ainda mais a população com êxodos rurais para o estrangeiro ou para as urbes- continuando um ciclo secular.

A questão não é como chegamos a este crítico ponto, mas porquê a nossa tendência genética para viver sobre a linha vermelha.

Portugal vive no limite das suas civis possibilidades e despido, frente a frente aos seus colegas europeus belos e aperaltados.

Nesta nossa PEQUENA NAU bragançana de nome escola superior de educação, o barco encontra-se no fundo do Oceano.

Todos os tripulantes foram salvos? Quase todos! E nenhum segundo creio do Curso de Animação e Produção Artística.

Meus colegas temos que insistir com o NÃO, contra todas as atitudes deste IPB que arrastou para esta escola um curso, pensado em parte incógnita, por incógnita pessoa.

Não sabes IPB que também vens arrastando pessoas.

Admitimos não saber notícias do nosso criador, mas que a nossa missão é importante deveras. O campo cultural neste país precisa de ter um pulso forte para que a língua e a génese do português não morra- só por exemplo.

Foi nesse âmbito que foi criado o curso? Pressupomos que não andamos longe de alguma verdade pois existem muitas faces da verdade!

Nesta nossa PEQUENA NAU, este curso esta sendo lapidado, sem que ninguém erga a voz ( EU REPITO!)

Nesta nossa PEQUENA NAU somos atraiçoados pelas elites deste dito mui nobre ensino superior politécnico –que se afirma pronto para ser universitário

Nesta PEQUENA NAU fomos vitimas dos cortes orçamentais fortemente, a falta de educação é permanente, não havendo nenhum diálogo e interdependência entre os alunos e quem por norma esta em altos cargos (ou intermédios).

As responsabilidades têm de ser assumidas- quanto á nos, se assim for, se nos for incutido ser, temos a obrigação de o ser.

Tem de existir franco diálogo, que nos explique o que andamos aqui a fazer- por muito que nos custe afirma-lo, muitos andam sem rumo, sem saber o que fazem em Bragança.
Nesta PEQUENA NAU, não queremos ser ignorados, dizendo pachorrentamente que tudo está bem- porque assim não é.

Os sacrifícios decretados pelo governo/estado lisboeta prejudicam-nos.

Não temos professores (não tivemos) desde a abertura do ano lectivo, significa que não tivemos aulas. OBVIO !

Pagamos propinas e não temos professores! E não temos (tivemos) professores competentes. As condições que existem nas nossas salas de aulas são o caos e a anarquia e a sujidade, promiscuidade entre lixo e objectos de arte.

Nesta PEQUENA NAU a nossa forma é agradável, não deve continuar assim por muito tempo! A existência do Curso?! Mas o nosso conteúdo permanece vivo, pois a cultura faz parte da sociedade, aqui ou em qualquer lugar infinitamente longe de Bragança. Brevemente a nau terá mais notícias do MANIFESTO

Bragança, Algures em 2003

(10.01.06) Searaman

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