sábado, janeiro 07, 2006

Grande Reportagem: Um Dia na Vida de José Peseiro

Grande Reportagem: Um dia na Vida de José Peseiro

Este é o trajecto possível do dia a dia e da noite, dividido com o pesadelo que é ser um ex – treinador de futebol.

Na Grande Reportagem desta semana vamos publicar um possível crono diário de José Peseiro. A sua vida na praça pública, vista de um modo analítico, mas também virtual.

Mas por muito que nos custe dizer, é uma existência na realidade virtual. Peseiro nos últimos anos comeu do melhor caviar, pelo menos foi habituado a isso, e só não aproveitou o facto, como fez figura ridícula.

Neste momento Peseiro continua a sonhar com esse tal caviar, e recusa convites mais humildes. Mais tarde quando a luxuosa conserva se esgotar ou quando Deus o iluminar, talvez vejamos José Peseiro a mudar de opinião.

Crono – diário

10:30 – 11:00 Horas: Peseiro acorda e passa um tempo considerável no W.C. privativo, exorcizando os seus demónios intestinais. Passa em revista o dia que se inicia. Toma banho.

11:00 – 11:30 Horas: Toma o seu pequeno-almoço com calma. Não dispensa comer uns cinco ou seis lagartos, um biscoito tradicional de Alcobaça, oferecido por um presidente de um clube de futebol da terra. Por tão pouco e por uns míseros adeptos, Peseiro recusa um convite para treinar.

11:30 – 12:30 Horas: Vai dar uma volta pelos arredores. Vê na lezíria alguns bois pretos. Estaciona junto do colégio onde os filhos estudam e aprecia a fauna colegial.

12:30 – 13:00 Horas: Enquanto vê a fauna, também se delicia com as recentes notícias desportivas. Alguém lhe telefona de Portalegre, mas Peseiro, esquiva-se à teimosia do interlocutor. Não voltará a treinar.

13:00 – 14:00 Horas: Volta para casa com os filhos, onde a senhora Peseiro o espera para o almoço. Come como um leão.

14:00 – 15:30 Horas: Vê uma nova repetição da série Rex – O Cão Polícia. Não há nenhum caso relacionado com o futebol. A Áustria também nunca foi grande potência da modalidade. O episódio é repetido pela 39ª vez.

15:30 – 17:00 Horas: Na televisão, o programa “Ás 2 por 3”, revela uma enorme falha, as meninas que no último verão animaram as hostes em biquini desapareceram. O Figueiras não é sexy, e Peseiro prefere uma boa soneca. Dorme como um leão.

17:00 – 17:30 Horas: Recebe um telefonema de Dias da Cunha. Marcam o café e lanche da tarde noutro estabelecimento para não causar alarmismo na comunicação social. Desta vez vão no Bar “O Leão da Estrela”.

17:30 – 18:30 Horas: Café e lanche no Leão da Estrela, onde descobrem Pedro Santana Lopes acompanhado de uma checa de peitos rijos.

18:30 – 19:00 Horas: Vai observar durante alguns minutos os treinos dos juvenis de algum clube e dá umas dicas a um barrigudo e avermelhado senhor que os treina.

19:00 – 20:00 Horas: Volta para casa ainda a tempo de ver o Preço Certo com o conhecido Sportinguista Fernando Mendes, mais conhecido por o “gordo dos prémios”.

20:00 – 21:30 Horas: Come como um leão.

21:30 – 22:00 Horas: Vai “treinar” o Snoppy, o cão da família no jardim da urbanização. Tenta ensinar novos truques ao animal, que aprendeu na revista “Animais de Companhia”, mas o cachorro não revela forma física para atacar com destreza o pau que lhe é atirado, falha a maioria dos exercícios. A senhora Peseiro vai ficar irritada quando o cão ficar em 100º lugar no concurso de habilidades caninas a realizar em breve no Pavilhão Atlântico.

22:00 – 01:00 Horas: Peseiro vai tomar um whisky de malte com o Dias da Cunha, Manuel Vilarinho e Eusébio. Todos juntos chegam à conclusão que o Pinto da Costa é o diabo em pessoa.

01:00 – 02:00 Horas: Na volta para casa, passa pelas leoas que caçam à noite, provoca-as com buzinadelas abundantes. Deixa o grupo de mulheres parvo e irritado. Estaciona junto de uma roulotte (que já pertenceu aos Cebola Mol) e satisfaz –se com uma sandes de courato. Na rádio, passa o hino de campanha de Pedro Santana Lopes. As autárquicas já estão distantes. O computador que passa a música deve estar avariado.

02:00 – 02:20 Horas: Adormece no seu leito de “Menino Guerreiro”. Porém leva à boca uns comprimidos para adormecer; nos últimos meses sofre de insónias. No entanto ele não sabe que toma um soporífero placebo. Foi esta medicação que levou o SCP a entram em coma durante 18 anos; sem dúvida que os comprimidos têm um efeito psicológico grave. No final lembra-se que até é benfiquista e adormece com um sorriso de criança no rosto.

Moral da história: Errar é Humano, se bem q se pode reter sempre algo positivo dos erros. Só não se pode pensar que pode comer caviar todos os dias! Pelo menos alegrou os benfiquistas durante um ano...
O melhor será emigrar quando o acepipe se acabar?


(03.01.2006) Searaman & Blinkboy

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando os acepipes acabarem... há sempre os belos "lagartos"! :)